Na semana do Dia Nacional de Combate ao Fumo, os trabalhadores da capital Fortaleza (CE) comemoram a queda em 48,4% no percentual de fumantes passivos no local de trabalho nos últimos nove anos. O percentual de fumantes passivos nesse ambiente passou de 12,4% em 2009, para 6,4% em 2017. Os dados são do último levantamento do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2017), do Ministério da Saúde. O estudo verificou também redução na frequência entre os fumantes passivos no domicilio. A pesquisa foi feita por telefone nas 26 capitais e Distrito Federal e contou com 53.034 entrevistas.
A pesquisa apontou ainda uma redução significativa nos percentuais de passivos no local de trabalho entre os homens em mulheres na capital Fortaleza. Em 2009, as mulheres representavam 6%, passando para 3,2% em 2017. Já entre os homens o percentual era de 20,2% e reduziu para 10,1% no ano passado. Os dados do Vigitel 2017 apontam ainda que a frequência de fumantes passivos no local de trabalho diminuiu com o aumento da escolaridade para ambos sexos.
“Houve um avanço importante na redução da exposição de pessoas ao fumo passivo, e esse impacto foi verificado após a regulamentação da Lei que proíbe o ato de fumar cigarros, charutos, narguilés e outros produtos em locais fechados e de uso coletivo. No entanto, ainda é preciso continuar fiscalizando os locais de trabalho e dar continuidade com a política de aumento dos preços de cigarros. O aumento no preço tem impacto direto na redução de fumantes no país”, afirmou a diretora geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde, Maria de Fátima Marinho.
O país comemora a queda em 44,6% no percentual de fumantes passivos no local de trabalho nos últimos nove anos no Brasil. O percentual de fumantes passivos nesse ambiente passou de 12,1% em 2009, para 6,7% em 2017. A pesquisa apontou ainda uma redução significativa de 45,6% entre as mulheres e 43,5% entre os homens.
Quando verificado a situação das capitais, a frequência de fumantes passivos no local de trabalho variou entre 3,7% em Porto Alegre e 9,7% em Porto Velho. Entre os homens, as maiores frequências foram observadas em Porto Velho (14,5%), Recife (13,0%) e Campo Grande (12,9%), e entre as mulheres, no Distrito Federal (6,4%), em João Pessoa (6,0%) e Rio Branco (5,9%).
As menores frequências entre os homens foram observadas em Porto Alegre (5,2%), Curitiba (5,9%) e Distrito Federal (6,7%). Já para o sexo feminino, as menores frequências ocorreram em São Luís (2,1%), Porto Alegre (2,4%) e Vitória (2,6%).
Repórter Ceará