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Editorial: Leitores e ouvintes do Sistema Maior de Comunicação tornam possível cirurgia do pequeno Heitor

A luta de criança para conseguir respirar com 95% das vias nasais obstruídas comoveu a população de Quixeramobim e fez com que uma grande onda de solidariedade inundasse o município. A campanha “Ajude o Heitor”, idealizada pela equipe do Sistema Maior de Comunicação e abraçada pelos familiares e amigos dos pais do garoto, arrecadou, em apenas dois dias, todo o dinheiro necessário para custear o procedimento cirúrgico de desobstrução nasal.

A cooperada Rosália Medeiros e o vendedor Francisco Sales são os pais do Heitor, um garoto de apenas 3 anos que enfrentará, nos próximos dias, a primeira cirurgia da sua vida. Além de ansiosa, a família está muito feliz com a notícia. Mas a reação não poderia ser outra. Ainda com dois anos de idade, os pais do garoto começaram a observar alterações na sua respiração. Após uma avaliação médica, veio o diagnóstico. Heitor estava com hipertrofia (crescimento acelerado) das adenoides.

As adenoides são um conjunto de tecidos responsável pela produção de células de defesa do organismo, que fica atrás do nariz e acima do céu da boca. A hipertrofia desses tecidos obriga a criança a respirar pela boca e gera, entre outras consequências, ronco e acúmulo de secreção no interior do nariz. As adenoides começam a crescer após o primeiro ano de vida, mas reduzem de tamanho aos seis anos, e diminuem gradativamente até a adolescência.

No mês de Junho, após mais uma consulta, os médicos constataram que cerca de 80% das vias nasais do Heitor se encontravam bloqueadas. Dois meses depois, novos exames revelaram que o grau de obstrução chegara a 95%, o que indicava o agravamento do quadro e a necessidade urgente de uma intervenção cirúrgica.

Iniciou-se, então, uma corrida para conseguir a operação através do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas, após várias tentativas, os pais do Heitor receberam a informação de que seria necessário esperar aproximadamente cinco anos para que a cirurgia fosse realizada. O motivo da demora seria o tamanho da fila de crianças à espera do mesmo procedimento cirúrgico no Ceará.

O orçamento apertado da família Medeiros Sales não permitia o custeio da cirurgia do Heitor na rede privada de saúde. Mesmo assim, Rosália e Francisco não perderam a esperança de voltar a ver o filho respirando sem dificuldades.  Apoiados pela equipe do Sistema Maior de Comunicação, o casal decidiu iniciar uma campanha para arrecadar o montante de R$ 4 mil, valor da operação em uma clínica particular.

Após quase dois dias de divulgação nas rádios Campo Maior e Canudos FM, e nos sites Repórter Ceará, Quixeramobim Agora e SerTão Para Ser do Ceará, a meta estipulada pela família foi atingida. O pequeno Heitor deve ser operado nos próximos dias. Tomada de um misto de alegria e gratidão, Rosália informou que irá prestar contas de todo gasto realizado com o dinheiro das doações.

Infelizmente, o caso do garoto Heitor não é o único no País. Em todo o Brasil, são muitas as crianças que aguardam em uma fila de espera pela mesma cirurgia. Segundo Cheg T-Ping, presidente da Associação Mineira de Otorrinolaringologia, a remoção das adenoides é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em crianças brasileiras, o que aumenta a cada dia a fila de espera pela operação.

A demora em se realizar um procedimento tão simples, como o é a retirada das adenoides, rouba a infância de milhares de crianças pobres em todo o Brasil. O desconforto provocado pelo crescimento acelerado dos tecidos gera irritabilidade, sonolência diurna, transtornos auditivos e pode, com o passar dos anos, gerar expressivas alterações craniofaciais.

O governo federal deve voltar os olhos para as crianças deste País. Com esforço é possível zerar em pouco tempo a fila de espera por procedimentos cirúrgicos com menor grau de complexidade. O governo pode criar um “Corujão da Saúde” a nível nacional, a exemplo do que foi feito em São Paulo pela gestão João Doria (PSDB).

Após a cirurgia a vida do pequeno Heitor tomará novo curso. O rádio, aliado à internet, conseguiu colocar por terra a barreira financeira que impedia a realização do procedimento cirúrgico da criança. A tristeza deu lugar à alegria. Rosália e Francisco venceram de mãos dadas a adversidade que tanto prejudicava a vida do filho do casal. Agora, Heitor terá uma “infância comum”, assim como sonhou sua mãe.

Editorial do Repórter Ceará

1 comentário.

  1. Parabens tenho certeza que a família está muito feliz e grata a voces. Que Deus possa derramar muitas gracas na cirurgia dele e que possa ser guiada pelo o Espirito Santo

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