Em discurso para líderes mundiais na abertura da 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas, hoje, 19, em Nova York, o presidente Michel Temer disse que o Brasil deve estar mais aberto ao mundo e preocupado com temas centrais para a agenda internacional, como o programa nuclear da Coreia do Norte, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e a crise na Venezuela.
Temer destacou também a necessidade de promover uma reforma nas Nações Unidas ressaltando que “é particularmente necessário ampliar o Conselho de Segurança”. O presidente brasileiro mencionou ainda os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e a Agenda 2030, além de destacar a importância do combate às mudanças do clima e da defesa do Acordo de Paris. “O desmatamento é uma questão que nos preocupa, especialmente na Amazônia”, afirmou.
Ele destacou a “grave ameaça” dos recentes testes nucleares da Coreia do Norte, ressaltando que “o Brasil condena, com veemência, esses atos”. Temer também destacou a assinatura, amanhã (20), do Tratado para a Proibição das Armas Nucleares, proposto por Brasil, México, Nigéria, África do Sul, Áustria e Irlanda e concluído em julho deste ano. O Brasil é um dos 26 países que devem ratificar o tratado – que só entra em vigor depois da assinatura de, pelo menos, 50 nações.
Ainda no âmbito da paz e segurança globais, o presidente mencionou as negociações para a paz entre Israel e Palestina, que encontram-se paralisadas, e reafirmou a posição do Brasil de defender a solução de dois estados. Sobre a Síria, Temer afirmou que “a solução que se deve buscar é essencialmente política”. Ele ainda falou sobre terrorismo, e disse que é um “mal que se alimenta dos fundamentalismos e da exclusão”.
Direitos humanos
Segundo Temer, o Brasil é um país livre e com uma “diversidade de etnia, de cultura, de credo, de pensamento”, e lembrou os tratados internacionais de direitos humanos dos quais o país é signatário, o acolhimento de refugiados e a concessão de vistos humanitários a haitianos e sírios.
Ele disse que “a situação dos direitos humanos na Venezuela continua a deteriorar-se” e que “na América do Sul, já não há mais espaço para alternativas à democracia”. Ontem (18), Temer falou sobre a crise venezuelana em um jantar com os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, da Colômbia, Juan Manuel Santos, do Panamá, Juan Carlos Varela, e com a vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti.
Repórter Ceará – Agência Brasil
