Home Política Bancada evangélica poderá escolher Marco Feliciano para assumir Ministério da Cidadania

Bancada evangélica poderá escolher Marco Feliciano para assumir Ministério da Cidadania

Em reunião realizada na tarde dessa terça-feira, 27, com a bancada evangélica, o presidente eleito pelo PSL, Jair Bolsonaro, pediu para que estes parlamentares do Congresso indicassem o nome que irá assumir o Ministério da Cidadania. A pasta visa englobar Direitos Humanos, Cultura, Esportes e Desenvolvimento Social.

Repete-se assim um procedimento adotado para a definição da ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), escolhida pela bancada ruralista, e do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, levado ao trono pela Frente Parlamentar da Saúde. Vale ressaltar que, a bancada ainda vetou o nome de Mozart Neves Ramos, na semana passada, para o Ministério da Educação, pois, segundo os evangélicos, o diretor do Instituto Ayrton Senna era contra o projeto “Escola sem Partido”, plataforma defendida pelo presidente eleito e pelos religiosos.

No entanto, os evangélicos ainda não estão em consenso em relação a indicação do nome. Dentre todos, destacam-se três: os deputados Marco Feliciano (Podemos-SP), Ronaldo Nogueira (PTB-RS) e Gilberto Nascimento (PSC-SP).

Gilberto Nascimento
Reeleito em outubro para o seu terceiro mandato de deputado federal, Gilberto Nascimento teria como trunfo o fato de ser delegado da Polícia Civil e integrar a bancada da bala, conhecida pela sua base social (formada por vários policiais e militares) e pela defesa de soluções de força contra a criminalidade (fim ou flexibilização do Estatuto do Desarmamento, redução da maioridade penal, endurecimento da legislação penal e medidas semelhantes).

Marco Feliciano
Feliciano, porém, é visto como um candidato de peso, inclusive por sua forte proximidade pessoal com Bolsonaro. O seu nome, no entanto, divide a bancada evangélica. Além de trazer à tona alguém que provocou grande polêmica ao assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara, voltando a provocar os ânimos de entidades de defesa dos direitos humanos, a indicação poderia colocar em questão um tema caro para os cristãos mais conservadores. Segundo disse o ator e deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL-SP), Marco Feliciano foi seu namorado durante cerca de dois anos.

Além disso, Feliciano foi acusado de injúria e difamação por ter atribuído o crime de pedofilia a Caetano Veloso.

Ronaldo Nogueira
Tido como o nome mais fraco, Ronaldo Nogueira, que não se reelegeu deputado, tem como inconvenientes o fato de ter sido ministro do Trabalho durante os governos Dilma e Temer.

Os três nomes cotados têm em comum o fato de pertencerem à Assembleia de Deus.

Repórter Ceará com informações do Congresso em Foco

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