Ruas escuras, postes sem lâmpadas e luzes queimadas. Esse é o retrato fiel da atual situação em que se encontra a iluminação pública de Quixeramobim. De um lado, falta assistência por parte do poder público, e do outro, sobram reclamações dos moradores, que pagam caro por um serviço de baixa qualidade, e às vezes, até inexistente.
Na raiz do problema está a incapacidade da prefeitura de cobrir mais de 4 mil pontos de luz em todo o município, uma tarefa que se torna ainda mais difícil quando associada à falta de planejamento e à desordem financeira.
E por falar em finanças, a prefeitura abriu, no início da semana, uma licitação para a contratação de um escritório de advocacia visando a recuperação, por via judicial, de mais de R$ 25 milhões junto à antiga concessionária de energia elétrica e o próprio governo do Estado.
Porém, essa licitação contém um artigo que prevê o pagamento de até R$ 5 milhões aos advogados contratados, tudo isso com os recursos destinados à iluminação pública.
Mas nesta quarta, o Ministério Público entrou em ação e recomendou ao prefeito que não contratasse escritórios de advocacia se comprometendo a pagá-los com os recursos destinados à iluminação pública, e que a prefeitura utilizasse a sua procuradoria, sem precisar contratar escritórios, para dar entrada nas ações de recuperação dos recursos financeiros.
Repórter Ceará
