Com o título “37 anos sem Elis Regina”, eis o artigo da geógrafa e presidente da Academia Quixeramobinense de Letras, Ciências e Artes (AQUILetras), Terezinha Oliveira, em homenagem a cantora e compositora brasileira Elis Regina que, hoje, 19, completa 37 anos de falecimento.
Confira:
Ela “brotou” nos pampas gaúchos sob as Águas de Março (17/03/1945), trazendo uma musicalidade intensa e foi Influenciada pelas cantoras do Rádio daquela época; tinha como preferida Ângela Maria. Foi sendo lapidada graças à sua força interior, provando ao Mundo que não era um Falso Brilhante. A forte dramaticidade reforçava os recursos de Voz; e Elis cuidou da presença de palco, se aperfeiçoando a cada Espetáculo, primorosamente preparados e assim obtinham grande sucesso, ficando por tempos recordes em cartaz. Causavam Fascinação
Do Clube do Guri, na Rádio Farroupilha de Porto Alegre, aos 11 anos, pela Transversal do Tempo foi ao Beco das Garrafas na Paulicéia e aos Grandes Festivais das TVs nacionais, chegando ao Olympia de Paris e a Montreux, na Suíça, entre outros Eventos internacionais.
Essa Mulher queria uma Casa no Campo por onde passassem em Romaria aqueles que pediam pela “volta do Irmão do Henfil”. Como muitas Marias, seguiu “vivendo e aprendendo a jogar, nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar”.
Ela sabia que Viver é Melhor que Sonhar e viveu atuando como Cidadã consciente do contexto de opressão e desigualdades sociais no Brasil dos Ditadores, sendo ativista dos movimentos que defendiam os direitos humanos, especialmente a abertura política.
Entre nós sua Travessia durou 37 anos, até que após um Alô, Alô Marciano embarcou em um Trem Azul, partindo no triste 19 de janeiro de 1982. Ainda é a maior Intérprete do Brasil.
Terezinha Oliveira