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As mulheres marcam e fazem história

Brasília - Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver em Brasília, reúne mulheres de todos os estados e regiões do Brasil (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Foi-se a época em que a mulher era conhecida como “o sexo frágil”. A história e as lutas diárias das guerreiras de todas as cores mostram que a força feminina não é superestimada, mas real, e foi velada durante anos dentro de uma sociedade onde o machismo impera.

O movimento sufragista, iniciado na França no século XVIII, de cunho social, político e econômico de reforma, foi encabeçado por mulheres que queriam ter o seu direito de votar, já que, desde o início da vida política humana, somente quem detinha este direito eram os homens.

Foram lutas e manifestações, até que, em 1893, a Nova Zelândia se tornou o primeiro país do mundo a permitir o voto feminino. O movimento era liderado por Kate Sheppard.

Na América Latina, o Uruguai foi a primeira federação a permitir o ato político, em julho de 1927. O Brasil, por sua vez, somente aprovou a participação de mulheres nas votações em 1932.

Além das sufragistas, Marie Curie se destaca no cenário internacional por ter sido a primeira mulher na história a receber o Prêmio Nobel. A cientista polonesa conduziu pesquisas pioneiras no ramo da radioatividade. Ressalte-se que ela foi a única a conseguir ser laureada com o prêmio por duas vezes.

Kathrine Switzer também foi outra pioneira de revoluções, sendo a primeira mulher a participar da Maratona de Boston, em 1967. Na ocasião, conforme os registros fotográficos, os homens que organizavam o evento tentaram impedir Kathrine de correr.

No Brasil, um dos nomes que se destaca na luta pelos direitos femininos, é o da escritora nordestina Dionísia Gonçalves Pinto, que ficou conhecida pelo pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Nascida em Papari — hoje cidade Nísia Floresta — Rio Grande do Norte, em 12 de outubro de 1810, a educadora, escritora e poetisa brasileira é uma das pioneiras do feminismo no Brasil.

Foi provavelmente a primeira mulher no País a publicar textos em jornais, na época em que a imprensa nacional ainda engatinhava. Nísia também dirigiu um colégio para moças no Rio de Janeiro e escreveu livros em defesa dos direitos das mulheres, dos índios e dos escravos.

E, claro, não seria possível esquecer de Marielle Franco, a vereadora do Rio de Janeiro, brutalmente assassinada, mas que levava a voz de quem não conseguia ser ouvido para o plenário municipal da Casa Legislativa e lutava pelos direitos dos menos favorecidos, dentre eles, negros e LGBTs.

A história é repleta de mulheres que deixaram marcas eternas na sociedade. Não somente as citadas, mas também, Bertha Lutz, Mietta Santiago, Celina Guimarães Viana, Carlota Pereira de Queirós, Patrícia Rehder Galvão (a Pagu), Laudelina de Campos Melo, Rose Marie Muraro, Frida Khalo, Simone de Beauvoir, Camila Pitanga, Letícia Sabatella (que inclusive comemora seu aniversário hoje), Pitty e inúmeras outras.

O dia 08 de março é marcado pelas comemorações em alusão ao Dia Internacional da Mulher. A ocasião proporciona uma reflexão sobre os avanços obtidos em relação aos direitos femininos. No entanto, muitos desafios são enfrentados todos os dias pelas mulheres, seja na luta contra o machismo, a cultura de violência ou o racismo.

Que as lutas diárias de cada mulher não sejam desprezadas pela sociedade, nem inferiorizadas pela opinião alheia. Direitos são direitos: Fundamentais e necessários.

Feliz dia da Mulher, guerreiras!

Repórter Ceará

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