Quixadá: O município conhecido como Polo Universitário que não respeita os direitos dos estudantes

Ônibus lotado, desconforto e universitários perdendo aulas. Esse é o retrato dos alunos do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) e da Universidade Federal do Ceará (UFC) em Quixadá. O motivo: Um único ônibus disponibilizado para transportar quase 3.000 estudantes das duas instituições de ensino.

Em um vídeo gravado pelos próprios universitários, é possível observar a enorme quantidade de alunos que esperam pelo veículo. Este, por sua vez, realiza diversos percursos de ida e volta para conseguir transportar todos. Segundo relatos, em alguns dias, os estudantes chegam nas instituições por volta das 9 horas, ou seja, já têm perdido o horário das duas primeiras aulas.

Ressalte-se, também, o estado de lotação em que fica o ônibus, gerando um enorme desconforto, desde o espaço limitado até o calor excessivo em um ambiente pequeno.

Contando com estes fatores, ainda há a questão da malha viária que liga o centro de Quixadá até a região do açude Cedro, onde se localizam as duas instituições de ensino. A via está deteriorada em diversos pontos em razão das chuvas que caíram sobre a cidade durante este ano de 2019.

Preocupados com sua segurança, saúde e desempenho acadêmico, os estudantes reivindicam que a Prefeitura cumpra sua parte no contrato assinado com a UFC e o IFCE, onde fica determinado que a administração pública de Quixadá disponibilizará ônibus para transporte dos alunos, até que seja implantada uma linha de coletivos na cidade. Observando isso, não somente um veículo, mas quantos forem necessários para o transporte de 1.700 alunos do IFCE e 1.200 da UFC.

E, com isso, no intuito de chamar a atenção das autoridades competentes, os universitários começaram a publicar as hashtags #UniversitarioSemOnibusEmQuixada e #IlarioVemPraFila.

A maior cidade do Sertão Central vem enfrentando tal problemática há meses e não propõe uma solução plausível para o caso. Portanto, não adianta Quixadá ser conhecida como Polo Universitário e não respeitar os direitos dos estudantes.

Repórter Ceará