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Macaco é capturado depois de roubar ovos e quase provocar incêndio em Boa Viagem

A comunidade Floresta dos Domingos, localizada a 5 km da sede de Boa Viagem, no Sertão Central, viveu dias de tensão por causa de um macaco-prego. Desde o início do mês, o animal estava visitando algumas residências da comunidade rural onde residem 20 famílias. A solução, para evitar que fosse ferido ou abatido, foi prendê-lo. A iniciativa partiu do agente sanitarista da Vigilância Sanitária do município, Ernandes Brito.

“Um morador de Floresta, o amigo Ademar Soares, conquistou a confiança do macaquinho. Como é muito dócil, não foi difícil coloca-lo em uma gaiola até ter um destino e um lar seguro”, explicou.

Segundo a dona de casa Rosilene Mendes, o macaco começou a aparecer na casa dela no início deste mês. “Ele apanhou um ovo no ninho da galinha, levou para a cozinha, quebrou e comeu apenas a gema. Também encontrei uma caixa de fósforos, espalhada, e um vasilhame contendo gasolina, onde fica o fogão. Foi a primeira vez que vi um macaco de perto”, destaca.

Rosilene também pontua que o animal aparenta ter sido domesticado, informação esta confirmada pelo agente sanitarista. “O macaco tem uma cordinha amarrada na cintura, demonstrando pertencer a alguém, mas sem identificação”, comenta.

Destino

O macaco-prego está no Parque de Vaquejada de Boa Viagem, que pertence à Prefeitura, sob os cuidados da Vigilância Sanitária. O município aguarda posicionamento do Ibama para definir o destino do animal. Por enquanto, ele não pode ser solto porque foi domesticado e teria que ser feita uma readaptação ao habitat natural.

Orientações

O chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama no Ceará, Miller Holanda Câmara, informou que a melhor maneira para evitar as invasões desagradáveis de animais dessa espécie é não deixar alimentos expostos e bloquear os acessos ao interior dos imóveis.

“Tirando do alcance tudo que possa lhe chamar a atenção, ele perde o interesse e vai embora. Esses animais são muito espertos”, explicou o especialista.

Sobre a origem do animal, Miller também acredita na hipótese de que ele tenha fugido de algum cativeiro. Ele destaca que o macaco-prego é comum no Ceará, mas geralmente habita matas mais preservadas e isoladas. As outras espécies mais vistas são o guariba e o sagui.

Repórter Ceará com informações do G1-CE (Foto: Alex Pimentel)

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