Home Comentários O suicídio e a imprensa: Quando e como noticiar?

O suicídio e a imprensa: Quando e como noticiar?

O suicídio é uma das preocupações mais prementes entre aqueles que lidam com jovens na escola, dentro de casa, na igreja ou até mesmo no ambiente de trabalho. E essa preocupação tem como fundamento os dados que mostram o aumento no número de casos registrados todos os anos no Brasil e no mundo.

Na esteira desse fenômeno dramático, os veículos de comunicação têm buscado assumir uma posição mais prudente, evitando noticiar essas ocorrências ou tentando dar a elas um pouco menos de atenção. E isso tem sido feito justamente porque se entende que o simples ato de noticiar e de divulgar casos de suicídio pode influenciar outros jovens a também cometê-lo.

Mas infelizmente, na contramão dessa postura sensata adotada pelos profissionais de imprensa, atuam sites e blogs, que na corrida desenfreada por visualizações, têm dado muita atenção a esses casos, atribuindo a eles manchetes sensacionalistas, tentando gerar repercussão e comover a população.

Essa não deve ser a postura de um profissional vocacionado a servir à sociedade por meio da informação. O melhor a fazer é evitar noticiar esses casos, mas quando isso se fizer necessário, é importante dar a eles um tratamento equilibrado, buscando evitar alardes e uma exagerada repercussão.

E, só para finalizar, eu não estou dizendo que não devemos falar sobre o suicídio. Muito pelo contrário. O tema precisa sim ser conversado, mas de uma maneira adequada, abordando as causas, como o bullying e a depressão, de modo a identificar os sinais aparentes de uma possível tendência ao suicídio, para que assim se possa intervir o quanto antes nessa situação.

Um Minuto com Sérgio Machado

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