No primeiro ano do governo Bolsonaro, o Bolsa Família passou por cortes e a fila de espera voltou a crescer. Segundo o jornal O Globo, o número de famílias que esperam pelo benefício saltou de zero, em 2018, para 494.229 famílias em junho do ano passado. O jornal afirma também que esta é a maior fila de espera desde 2015, período em que a fila chegou a 1,2 milhão de famílias aguardando o auxílio.
As famílias com perfil para obter o auxílio devem possuir uma renda mensal de até R$ 89 por pessoa e são consideradas em situação de extrema pobreza. Aquelas famílias que ganham entre R$ 89 e R$ 178 por pessoa são consideradas pobres e têm direito ao benefício caso tenham gestantes e crianças ou adolescentes até 17 anos na sua composição.
A média mensal de novos benefícios concedidos era de 261.429, entre os meses de 2018 e maio de 2019. Em junho, esse valor despencou para 5.667, provocando um aumento no tempo de espera. Antes, as famílias aguardavam cerca de 45 dias, esse período aumentou para seis meses ou mais.
O Ministério da Cidadania informou ao jornal por meio de nota que a redução drástica aconteceu numa tentativa de combater fraudes e também por questões orçamentárias. O Ministério afirma também que uma reformulação do programa está em curso na Esplanada.
No primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, o Bolsa Família chegou a atingir o maior número de assistidos desde a sua criação em 2004. Em maio, o número de famílias beneficiadas chegou a 14,2 milhões, recebendo uma renda média de R$190. O programa, no entanto, vem encolhendo mês a mês, apesar do governo ter incluído o 13º. Em dezembro de 2019, o número de beneficiários chegou ao seu menor patamar desde 2011.
Aumento da miséria
Em 2018, o número de pessoas em situação de miséria (aquelas que vivem com renda menor do que R$ 145 por mês) bateu recorde 13,5 milhões, segundo dados do IBGE. Durante a crise econômica houve um aumento de 50% de brasileiros empurrados para situação de miséria no país.
Repórter Ceará – Congresso em Foco (Foto: Divulgação)