Há pouco mais de uma semana, o prefeito Clébio Pavone declarou, em uma entrevista concedida aos nossos repórteres, que tem toda a certeza que irá disputar a reeleição este ano, independente do nome que será escolhido para a composição da chapa.
A verdade é que essa declaração não surpreende a mais ninguém. Todos nós sabemos que não é de hoje que Clébio manifesta seu interesse em permanecer no poder.
Quando estava no seu primeiro ano de mandato, por exemplo, ele chegou a declarar que disputaria a reeleição em 2020, o que seria, segundo ele, um motivo de grande preocupação para a oposição.
Mas passados quase três anos desse discurso, a oposição não se manteve a mesma. Na verdade, ocorreram pelo menos duas transformações fundamentais no contexto das disputas políticas municipais; transformações estas que alteraram definitivamente as regras do jogo eleitoral.
Em primeiro lugar, alguns dos mais importantes aliados de Clébio abandonaram o barco e se juntaram às vozes que criticam o seu modo de governar. Em segundo lugar, a oposição da qual Clébio falava já não é mais a mesma, pois, se por um lado ganhou novos adeptos, por outro lado, ela se fragmentou.
Trocando em miúdos, tanto a oposição quanto a situação passaram por um processo de enfraquecimento. Isso significa, que o contexto político em que as estratégias eleitorais foram desenhadas mudou quase que por completo, e essa mudança demandará um esforço que permita a construção de alianças que reúnam muitos daqueles que hoje se consideram candidatos independentes.
Diante de todas as incertezas geradas por essas alterações decorrentes da própria dinâmica política, uma das certezas que temos é a de que a formação dessas alianças não será uma tarefa fácil nem para a oposição, nem para a situação, mas sem esse esforço será muito difícil construir candidaturas verdadeiramente fortes e viáveis.
1 Minuto com Sérgio Machado
