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Barragem e Fogareiro: O problema dos reservatórios de Quixeramobim

Em um dos “minutos” que nós lançamos na semana passada, eu tratei da questão da inércia dos nossos representantes em buscar soluções para o problema da seca, e apontei para a necessidade de construir uma aliança com o objetivo de obter recursos técnicos e financeiros, que permitam a adoção de medidas estruturais, que amenizem os transtornos econômicos e sociais decorrentes da seca.

No minuto de hoje, eu volto a tocar nesse tema para apresentar algumas das possíveis soluções para o problema da segurança hídrica no município, tratando, especialmente, dos nossos dois principais reservatórios, que deveriam fornecer água para milhares de habitantes de Quixeramobim, mas que, por conta de problemas estruturais, encontram-se aquém de suas capacidades.

Mas antes de apontar as soluções, é necessário identificar quais são esses problemas, o que não será uma tarefa difícil, pois, recentemente, em entrevista concedida à Sertão Tv, o ex-deputado José Maria Pimenta destacou duas das mais preocupantes situações que têm comprometido a Barragem e o Fogareiro

A primeira dessas situações é o assoreamento, um processo natural que reduziu, por exemplo, para menos da metade, a capacidade de armazenamento da Barragem; a segunda, é a poluição proveniente da ocupação descontrolada do solo nas proximidades desse reservatório, que tem recebido os esgotos de dezenas de residências construídas nas localidades de Cupim e de Belo Monte.

De acordo com José Maria, a situação é grave, mas tem solução. A primeira medida a ser adotada é a remoção dos sedimentos que se acumularam no solo da barragem, o que, segundo ele, é um procedimento que não tem um custo tão alto, como dizem alguns críticos dessa inciativa. A segunda medida deve ser a utilização desses sedimentos removidos para a construção de um açude do tamanho da barragem, ligando o alto do Hospital Regional à Serra do Boqueirão de Santo Antônio.

Uma terceira solução poderia ser a elevação das comportas da Barragem e do Fogareiro, o que aumentaria a quantidade de água armazenada e perdida na sangria. Por outro lado, para resolver o problema da poluição da água, o ideal seria a criação de um programa de construção de fossas sanitárias nas residências situadas nas proximidades do leito do Rio.

Todas essas ideias comprovam que o nosso problema não é a falta de soluções, porque elas existem, mas sim a inércia e a recusa da nossa classe política em buscar resolver esse tipo de questão, que, há tanto tempo, prejudica a população e acaba retardando o desenvolvimento do município. E quando falo em classe política, incluo nesse mesmo balaio os vereadores, os prefeitos e os deputados, sejam eles opositores ou apoiadores, porque este problema afeta não apenas uma parcela, mas o conjunto da população.

1 Minuto com Sérgio Machado (Foto: Paulo Ferreira)

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