Um grupo de brasileiros não consegue sair de Cusco, no Peru, para o Brasil. A informação foi repassada através de relato do cearense, de Quixeramobim, no Sertão Central, José Weckley, que está na cidade peruana, para a SerTão TV, no programa SerTão Conta Mais, na manhã desta sexta-feira, 20.
Weckley relatou que hoje partem dois voos de Lima, capital peruana, da Latam e da Gol, a fim de trazer passageiros brasileiros das duas companhias aéreas de volta para o Brasil. Sky Airline e Avianca são as outras duas empresas que operam voos entre os dois países.
“O Ministério do Turismo, a embaixada do Brasil no Peru e o próprio Itamaraty pedem que a gente aguarde mais informações, porque continuam negociando com as companhias […] A Avianca, companhia que fiz o voo do Brasil para cá, não se posiciona e não atende na Central de Atendimento ao cliente”, informou o cearense.
Ainda de acordo com Weckley, o seu grupo, formado por um amazonense e um paulistano, conseguiram se reunir com outros brasileiros, que estão se dando apoio no Peru: “Nós estamos nos ajudando com hospedagem, dinheiro e comida, na medida do possível […] Tem, mais ou menos, 157 brasileiros em Cusco aguardando resgate das mais diferentes companhias aéreas e o retorno da embaixada.”
“Não podemos pegar um carro e ir pra fronteira, porque não tem. Há três dias o governo peruano publicou um decreto supremo, onde tem um toque de recolher às 20 horas, valendo até às 5 horas, além da proibição de circular veículos particulares. As linhas de ônibus públicas só circulam dentro das cidades. Então, não há transporte intermunicipal. Não daria para ir até a fronteira para entrar no Brasil pelo Acre, porque não tem veículo para se locomover”, relatou.
Diante da situação, o cearense ainda comentou que os brasileiros não possuem contato direto com nenhuma autoridade e que as respostas do governo são repassadas através de notas.
“Ninguém estava preparado para ficar mais 15 dias em um país estranho, pagando hospedagem cara, alimentação cara. Aqui, 1 sol (moeda peruana), vale R$ 1,50. É muito complicado”, frisou Weckley.
Repórter Ceará (Foto: Arquivo Pessoal)