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Quixeramobim: A necessidade de um gabinete de crise

Não é a primeira vez na História que temos que lidar com as mortes e outros danos sociais causados por um vírus. Pelo contrário. Todos os anos, milhares de brasileiros morrem por conta de doenças virais, como a dengue, a gripe e a AIDS. No entanto, é a primeira vez na História que enfrentamos um vírus sobre o qual pouco se conhece, para o qual não há medicamento ou vacina eficaz, e que, em pouco tempo, tem abalado a economia e os sistemas de saúde ao redor do mundo.

E em situações inéditas como essa, é compreensível e até inevitável que, em um primeiro momento, todos os governos (sejam eles municipais, estaduais ou federais) acabem por serem pegos de surpresa e não saibam como responder da forma mais adequada ao desafio que se impõem. Quando isso ocorre, uma das melhores alternativas é aprender fazendo.

Mas “aprender fazendo” não significa, que os governos têm a permissão para atuar de forma amadora e repleta de erros. Muito pelo contrário! Apesar da surpresa gerada pela nova ameaça, podemos sim responder de forma inteligente, desde que observemos e aprendamos com os erros e os acertos daqueles que nos precederam no enfrentamento dessa mesma dificuldade.

E a primeira medida nesse sentido é criar um gabinete de crise, que reúna tanto lideranças políticas como profissionais técnicos de diferentes áreas, que atuem juntos para formular as respostas mais efetivas para o enfrentamento da dificuldade. E isso vale para todos os governos, inclusive para o da nossa cidade. A atuação desse gabinete deve ser dividida em, pelo menos, três áreas.

A primeira delas deve focar na coleta e na avaliação dos dados, como o número de mortes e de casos suspeitos e confirmados, o número de profissionais da saúde em atuação e daqueles que estão infectados, a quantidade de leitos e de equipamentos de proteção individual, o número de casos de violência doméstica, e outras informações relevantes.

Com base nesses dados coletados, a segunda área de atuação deve ficar encarregada de definir as prioridades e tomar as decisões que forem necessárias. E, por último, a terceira área deve focar em transmitir à imprensa, e à sociedade de um modo geral, os dados coletados pelo gabinete e as medidas que foram adotadas pelo governo para fazer frente à ameaça.

Eu não tenho dúvidas de que as características excepcionais do momento que estamos vivendo demandam medidas igualmente excepcionais. Por isso, é preciso reunir todas as forças políticas e as competências técnicas disponíveis em cada município para que assim se possa dar uma resposta rápida, inteligente e eficaz para a crise que se instala.

1 Minuto com Sérgio Machado

1 comentário.

  1. Acertado seu comentário e alerto para uma deficiência crucial em nosso Município – os Cemitérios, que tem reflexos na condição higiênica da Cidade. Lutemos prioritariamente para SALVAR VIDAS, mas antes dessa pandemia já era grave a falta de condição do principal Campo Santo da Cidade e em outros como na Maravilha e nos Distritos. Essa fragilidade pode ter consequências sérias futuramente ou mesmo agora

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