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As eleições em Fortaleza

urna eletrônica. Foto: Nelson Jr./ ASICS/TSE

Apesar do avanço da pandemia do novo coronavírus, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu manter, pelo menos por enquanto, o calendário das eleições municipais. Sem querer entrar no mérito da questão, mas levando em conta a manutenção desses compromissos eleitorais, não é muito difícil de imaginar que os políticos terão um desafio dobrado este ano, que exigirá deles a capacidade para agir em meio às tantas dúvidas que nos cercam.

E uma dessas dúvidas diz respeito à composição das chapas e à escolha dos nomes para sucessões municipais, principalmente em Fortaleza, que é a cidade que conta com o maior contingente de eleitores de todo o Estado e que pode funcionar como uma espécie de trampolim para aqueles que querem alcançar posições mais altas no cenário político estadual ou até mesmo nacional.

Desse modo, o que temos hoje na capital é a seguinte situação: do lado da oposição é possível perceber um quadro mais nítido, onde há alguns nomes já definidos, com destaque para o Capitão Wagner e para a deputada Luiziane Lins; mas do lado governista a situação é diferente, porque ainda há muita incerteza quanto à definição do possível sucessor do prefeito Roberto Cláudio.

Essa nuvem de incerteza que ainda páira sobre a base governista tem, pelo menos, duas razões de ser: em primeiro lugar, antes da pandemia, as lideranças do PDT estavam muito ocupadas na difícil tarefa de encontrar um candidato ideal, que tivesse experiência no serviço público, popularidade e competência, ao mesmo tempo em que tentavam aumentar a visibilidade do prefeito Roberto Cláudio com intuito de criar uma imagem forte que gerasse no público um desejo pela continuidade daquele modo de governar e acabassem favorecendo a eleição do seu sucessor.

Alguns nomes até já foram ventilados, como o do Secretário de Governo Samuel Dias, que sempre aparecia ao lado de Roberto Cláudio em eventos públicos, e o do presidente da Assembleia José Sarto, forte aliado da família Ferreira Gomes. Mas apesar dessas suposições, nada disso foi sequer confirmado ou negado pelas lideranças do PDT.

E a segunda razão dessa indefinição na base governista é a pandemia do novo coronavírus, que acabou forçando as lideranças políticas da capital a concentrarem seus esforços no combate a esse vírus, restando pouco ou nenhum tempo para a elaboração de estratégias, a construção de alianças e a definição de nomes para o pleito deste ano.

E é exatamente por esses motivos que as lideranças políticas terão que trabalhar duro. E no caso do PDT, eles terão pouco tempo para construir uma candidatura viável, que seja facilmente associada ao prefeito Roberto Cláudio e que tenha potencial para enfrentar opositores bem posicionados no tabuleiro político da capital.

1 Minuto com Sérgio Machado

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