O II Festival de Música da Assembleia Legislativa encerrou em festa, com a vitória das canções “No Céu do Jardim”, de Orlângelo Leal; “Amor, Ordem e Progresso”, de Kalíope, e “Na Contramão”, de Claudine Albuquerque, que conquistaram, respectivamente, primeiro, segundo e terceiro lugar.
A grande final, realizada na noite do último sábado, 01, sem público presente, no auditório Deputado João Frederico Ferreira Gomes, do anexo II da AL, e transmitida ao vivo pela TV e FM Aassembleia, ainda premiou o cantor Kalíope como melhor intérprete, bem como a canção “Pode Bater Tambor”, de Aparecida Silvino, vencedora da votação popular realizada pela internet. A noite contou, mais uma vez, com a apresentação dos cantores Roberta Fiúza e Levi Castelo Branco.
O presidente da Casa, deputado José Sarto (PDT), apresentou o primeiro colocado e comemorou o “mosaico de emoções” construído pela equipe da Assembleia Legislativa em pleno período de isolamento social. Para ele, cada música interpretada esta noite “é fantástica, dentro dos seus perfis e viés específico”.
“Eu fico muito feliz de podermos dar essa pequena mostra de incentivo à cultura cearense, aos valores locais, principalmente nesse momento em que devemos nos revestir mais e mais com nossa humanidade e compreender que somos todos iguais, feitos da mesma matéria, e nada melhor que a cultura e arte para nos lembrar isso”, pontuou.
O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que realizou a entrega do prêmio de melhor intérprete, também comemorou ao ver a Assembleia Legislativa dando continuidade ao festival, “tornando-o maior, melhor e mais bem estruturado que a primeira edição. Espero que se torne uma tradição e se repita por muitos anos”.
Ele também citou o momento histórico atual, no qual, conforme observou, destacam-se o radicalismo e a falta de compreensão, “principalmente de quem deveria liderar ao criar intencionalmente tensões em toda a nação”. O prefeito ressaltou que a cultura e a arte já são importantes em tempos de paz, “mas é em tempos como esses atuais que a rebeldia, a autonomia, a criatividade e a independência do artista falam por aqueles que não podem falar”.
O secretário Estadual de Cultura, Fabiano Piúba, realizou a entrega do prêmio ao segundo colocado e reforçou a importância da arte e da cultura nesse momento. “A arte tem um papel central no combate a todo esse movimento que semeia o ódio e que vemos crescer atualmente. A AL está de parabéns por proporcionar um evento como esse nesse momento tão específico e cheio de significados”, disse.
O terceiro lugar e o prêmio do júri popular foram apresentados pela primeira-dama da AL, Natália Herculano, e pelo presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Antônio Henrique (PDT).
Os três primeiros lugares e o melhor intérprete do II Festival de Música da AL foram escolhidos por um júri composto pelo músico e produtor Ivan Ferraro; pelo maestro Poty Fontenelle; o produtor cultural e diretor musical Peninha; o cantor, compositor e produtor Humberto Pinho; o jornalista e radialista Nelson Augusto e o músico Marcílio Mendonça.
As demais canções finalistas, “Lua Vadia”, de Xico Bizerra, interpretada por Mel Matos; “Deixei uma Ave me Amanhecer”, composição e interpretação de Marcos Lessa; “Língua Portuguesa”, de Horácio Dídimo e Joaquim Ernesto, interpretada por Lúcio Ricardo; “Fazendo Serenata”, de Paulo Araújo, interpretada por Marcos Café; “Jangada de Papel”, de Edinho Villas Boas; “Cabô”, de TalDeRafa; “Boi Mansinho”, de Francisco Silvino, e “Asa”, de Juruviara, além das vencedoras farão parte do álbum “II Festival de Música da Assembleia Legislativa”, que será lançado em CD.
Repórter Ceará