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As sessões virtuais e suas pérolas

Imagine uma sessão presencial em uma Câmara de Vereadores. De repente, um parlamentar coloca um prato com macarrão em cima da bancada e começa a comer. Em outro caso, um casal aparece realizando ato sexual na frente do público, o que caracterizaria um atentado ao pudor. Imaginou? Sinto dizer que, tais cenas e outras realmente aconteceram, porém, durante sessões virtuais.

Infelizmente, isso resgata o medo de que os vereadores não estejam preparados para enfrentar sessões virtuais e dar continuidade aos trabalhos legislativos diante de situações adversas como a atual pandemia do novo coronavírus. Em suma, os registros de um parlamentar deitado em uma rede no meio da sessão, outro comendo, um recebendo uma mulher com seios à mostra e, em outro caso, um casal realizando atos libidinosos são um desrespeito à população que acompanha o ao vivo.

Não há justifica para tais ações. Se for alegado o comodismo de estar em sua residência e se sentir livre, é preciso lembrar que a sessão virtual representa um ato presencial, ou seja, tem a mesma importância. A população não paga salários gordos aos parlamentares para que, em suas telas, apareçam cenas indesejadas e fora do contexto social e político discutido.

Além disso, não há onde se inspirar, já que o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas têm dado exemplo, no bom sentido, em suas sessões.

Para a infelicidade do brasileiro, cenas bizarras em sessões virtuais de políticos só aumentam e, enquanto isso, uma máxima estarrecedora se concretiza: Os vereadores não estão prontos para se tornarem públicos.

1 Minuto com Sérgio Machado

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