O município de Quixeramobim, no Sertão Central, voltará para a 2ª fase do Plano de Retomada das Atividades Econômicas e Comportamentais. A informação é da secretária da Saúde local, Leila Vasconcelos.
O governador Camilo Santana (PT) havia autorizado as macrorregiões do Sertão Central, Leste/Jaguaribe e Sobral a seguirem para a 3ª etapa do Plano a partir dessa segunda-feira, 17. No entanto, em razão da alta dos números de infectados e mortes em Quixeramobim, o Comitê de Enfrentamento à Covid, em reunião realizada ontem, decidiu que o município voltará para a fase 2. A cidade possui autonomia, conforme o Supremo Tribunal Federal, para decidir as medidas de isolamento que considerar necessárias.
“Ficou decidido no Comitê que o município de Quixeramobim, apesar do governador ter autorizado o avanço, permanecerá na 2ª fase. Temos um decreto municipal vigente e ele permanecerá assim até que possamos avançar para a terceira fase”, destacou Leila, enfatizando que Quixeramobim está vivendo o pico da pandemia.
Nessa segunda, o boletim informado pela Secretaria trouxe quatro novos óbitos por Covid-19, alcançando a marca de 79 mortes e deixando a cidade isolada, no Sertão Central, como o município com a maior quantidade de vítimas do novo coronavírus da região.
“Nós tivemos óbito do dia 12 que veio ser informado para nossa epidemiologia ontem. Nós tivemos pacientes dos dias 13, 14 e 15, e todos foram informados, infelizmente, nessa segunda. E acaba que precisamos registrar esses números em um único dia”, ressaltou Leila.
Quixeramobim, atualmente, conta com 1.742 confirmados, sendo 79 óbitos, 1.173 recuperados e 490 pacientes em acompanhamento. A cidade é o epicentro da pandemia na macrorregião do Sertão Central.
Com a decisão de voltar para fase 2 do plano, estão autorizados a funcionar somente os seguintes segmentos econômicos:
Autorizados a funcionar com 100% do trabalho presencial
Indústria química e correlatos;
Artigos de couro e calçados;
Cadeia metalmecânica e afins;
Saneamento e reciclagem;
Cadeia de energia elétrica;
Cadeia da construção.
Autorizados a funcionar com 40% do trabalho presencial, com exceção das atividades religiosas, que só devem realizar celebrações com 20% da capacidade do templo
Comunicação, publicidade e editoração (Agências de publicidade, marketing, edição e design);
Indústrias e serviços de apoio (Organizações associativas, contabilidade, direito e serviços de apoio administrativo);
Tecnologia da Informação (Consultoria em TIC, software house, assistência técnica);
Assistência social (Defesa de direitos sociais e serviços de assistência social sem alojamento);
Alimentação fora do lar (Restaurantes das 9h às 16 horas);
Atividades religiosas (Celebrações religiosas com 20% de capacidade);
Esporte, cultura e lazer (Aluguéis de equipamentos).
Repórter Ceará (Foto: Arquivo/SMC)