Há alguns dias, os cearenses começaram a ver a formação de chapas para a disputa pelas prefeituras. O pleito deste ano, como já vem se desenhando antes da definição dos candidatos, deve ser marcado por polarização equivalente a observada em 2018. Contudo, deve ser mais leve do que nas eleições passadas. O motivo para isso é que, nas cidades, as chapas formadas para a disputa majoritária, muitas vezes, não visam projetos em comum ou ideologias semelhantes, mas benefício individual de cada nome. E é nesse contexto que entra a importância de se escolher, com sabedoria, aqueles que concorrerão a prefeito e a vice.
É comum que, em algum momento, prefeito e vice não caminhem lado a lado, por conta de pretensões políticas e fim de alianças partidárias. Contudo, essa separação causa desconforto na gestão, ao ponto de, em alguns casos, o vice se tornar mais oposição a atual administração, do que apoiar ou tentar realizar projetos, enfraquecendo iniciativas públicas. Isso, lesa o poder público, que deve estar acima de qualquer partido, visando o bem da população.
Por isso, nas convenções que ocorrerão até a metade deste mês de setembro, as siglas devem pensar bem em quais alianças formar para evitar que, na metade do mandato, prefeito e vice se percam um do outro. É preciso levar em consideração que popularidade é importante para vencer eleição, mas, para se manter, é preciso olhar para a população e trabalhar bem com a máquina pública.
O pleito se aproxima cada vez mais. Se as eleições trarão surpresas, não se sabe, mas é bem possível que nomes tradicionais optem pelo conforto de conhecidos na chapa, do que por pessoas com quem ainda não trabalharam. Aguardemos o desenrolar dos acordos.
Confira mais em:
A emergência em criar e implantar Centros de Zoonoses
A valorização do leite e do produtor no Ceará