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A estúpida intolerância!

Até pergunto: não seria desinformação? Não seria deseducação? Não seria ignorância, no sentido de ignorar o que ocorre no mundo ou não seria mesmo ignorância que precisa de vacinar contra aftosa, qual gado?

Não, pelo amor de Deus, não tomem isso como insulto ou agressão a quem seja.

São indagações fruto do que escuto, leio, converso, discuto todo dia nas redes sociais, sempre que posso também, junto a amigos que aprenderam “a ler”, amigos que se formaram na escola superior da vida, parceiros de copo e de bar e a leitura obrigatória daqueles que têm a enorme e estúpida necessidade de desintegrar a vida social cearense, brasileira.

O jornalista Macário Batista, nesta madrugada (é outro que já às duas da manhã está em alerta) me contou um momento ruim do querido amigo comum, jornalista Nelson Faheina – um homem de paz, mas se tiver guerra, tem café no bule -, teve um entrevero, quase grave, com um senhor que é morador do Limoeiro do Norte, terra de ambos, numa padaria recentemente.

Faheina, segundo Macário, reclamou dos preços, das mortes, dos atrasos nas vacinas e tal. O homem, metido a intelectual disse que era normal. Isso fez Faheina, sempre calmo, subir o tom:

– “Normal com 520 mil mortes?”.

O senhor repetiu e a conversa pegou fogo, assistida por pessoas que também compravam seu pão nosso de cada dia e Nelsinho, como é conhecido na cidade de Limoeiro do Norte – que nos emprestou pro mundo e depois tomou de volta -, deram razão e fecharam com o experiente jornalista, ainda repórter com a mesma garra com que começou há décadas, mesmo beirando os setenta e mais alguns anos.

Ao contar os destaques da história, que não cabe aqui, remoto ao tempo em que PSD e UDN, Arena e Modebra, rivalizavam mas não se agrediam, eram adversários, não inimigos, o que ocorre hoje, quando você nem fala mal de “Lula” e de outro lado alguém destempera dizendo que “Bolsonaro” é o máximo em administração, honestidade, trabalho, ataque à corrupção e por aí vai… Se você não se controla, puxa faca e riscos vão aos céus da estupidez, se é que há céu na estupidez.

Falo isso, numa manhã lindíssima de domingo porque está difícil a convivência; esse Fla X Flu, onde torcidas não torcem, nem defendem, apenas se digladiam, está incorrendo para o fim das boas práticas de vida que são baseadas na educação que se está deixando contaminar por redes sociais que querem exatamente isso, separar as pessoas, infernizar as sociedades, promover a cizânia com o fim do entendimento e da concórdia.

Querem por fim à velha prática de na vida, a gente perde, ganha, empata porque no jogo do dia a dia, os ganhadores, isto é, os vencedores dão-se as mãos aos demais pelo bem comum.

Deus abençoe a todos por um bom domingo!

Fabrício Moreira da Costa
Advogado e contista

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