Definitivamente não dá para olhar os números de Guto Ferreira a frente do Ceará para achar o culpado pela saída do técnico. Nesse caso, os números não condizem com o futebol que vinha sendo apresentado pela equipe desde a final da Copa do Nordeste, onde os problemas do Vovô começaram.
Em mais de um ano do “Gordiolismo”, o Ceará conseguiu mais um Nordestão invicto, classificação para competição internacional e mais uma final de Nordestão. O que já coloca Guto numa prateleira bem especial na história do Alvinegro. Mas o 2021 do Ceará, que parecia promissor, com contratações de peso e várias competições para disputar, não foi o esperado dentro de campo.
Não dá para culpar apenas Guto pelo momento. A julgar pela principal peça da equipe, Vina, craque do Brasileirão 2020, que ainda não conseguiu jogar nem perto do seu desempenho anterior. Contratações como Mendoza (que parecia que ia dar certo), Jael e Yoni Gonzales ainda estão devendo.
Mas, então, por que o técnico foi o culpado? Fato é que, ao que compete a Guto Ferreira, ele já não estava fazendo a equipe render. A sensação que passava era que o máximo possível já tinha sido extraído. Mudanças muitas vezes tardias. Pouca variação de jogadas, é como se entrasse em campo com um estilo de jogo e não mudasse, independente de estar rendendo ou não, exemplo disso, foi a partida contra o América MG.
Há quem diga que o fato do Fortaleza estar bem pode ter pesado na falta de paciência da torcida. Algo parecido com o que acontecia quando o Enderson Moreira ainda comandava a equipe leonina, onde o Ceará vinha forte nas competições e o time do Pici não convencia dentro de campo. A mudança de técnico mudou completamente o panorama da temporada para o Leão e é isso que espera também o torcedor do Vovô.
Mas que se ressalte: não adianta trocar de técnico se os jogadores do Ceará não quiserem jogar.
Para encerrar, Guto saiu pela porta da frente do Ceará e está guardado carinhosamente no coração dos torcedores, que ele infelizmente não conseguiu ver nas arquibancadas do Castelão.
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