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É preciso parar com as indicações políticas para a direção de escolas

A prática de indicar pessoas para a direção de escolas por questões políticas precisa ser encerrada. Sem qualquer embasamento ou amparo na lei, tais indicações, muitas vezes, fazem com que pessoas sem qualificação e formação suficiente assumam um cargo tão importante para uma instituição de ensino. É como entregar um carro nas mãos de alguém sem saber se a pessoa sabe conduzir o veículo ou não.

Tal tipo de ação ocorre, principalmente, em cidades pequenas, onde, muitas vezes, pela falta de oportunidades, é preciso recorrer a favores políticos. Nesse caso, o desequilíbrio pende para o lado dos alunos, que ficam a mercê de tratativas ‘politiqueiras’ e podem ter seu desempenho afetado pela má condução da escola. O que se tira disso é que a preocupação com a educação é desprezada e é colocada como prioridade a nomeação daqueles indicados por vereadores, sejam familiares ou amigos, secretários ou até pela própria gestão.

O Senado já se articula no sentido de barrar as indicações políticas para o cargo e deixar que a comunidade escolar escolha seu diretor, baseada em critérios de mérito e desempenho, o que já deveria ocorrer.

Lidar com educação não é tarefa para qualquer pessoa. São questões burocráticas e humanas (que englobam o campo sentimental, filosófico e educacional) que permeiam essa área. Portanto, entregar a direção de uma escola nas mãos de alguém por indicação política não torna essa pessoa o ser humano mais qualificado para estar ali. Se o líder não sabe dirigir ou não tem vocação para tal, toda a instituição de ensino vai mal.

Mais do que consciência, é necessário ter responsabilidade. A direção do ensino de crianças, adolescentes e adultos não pode ficar nas mãos de quem ocupa um cargo só para lotar e receber dinheiro, ou que está ali porque sempre quis estar na direção ou por ambição. Só vontade não move uma pedra de lugar. É preciso ação e, principalmente, saber como agir.

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