Na última semana, o município de Quixadá anunciou o pagamento do 14º salário para os professores, após 10 anos sem ser efetuado. Para efeitos de administração pública, a medida demonstra responsabilidade, planejamento e interesse em fazer uma gestão de qualidade para os munícipes.
Nessa perspectiva, vale fazer um paralelo: enquanto Ricardo, que assume uma prefeitura pela primeira vez, consegue pagar o 14º em menos de um ano de gestão, prefeitos mais experientes não o fazem.
Em 2020, quando foi iniciada a campanha político-partidária, muitos nomes antigos voltaram aos palanques e ressaltaram que faltava a voz da experiência à frente dos paços municipais. Fora da gestão, estas mesmas figuras tinham resposta para tudo e soluções para todos os problemas. Na prática, tudo ficou no discurso.
Com isso, prefeitos que contam com 20 anos ou mais de exercício em cargos públicos não pagam o 14º. Se parasse nesse ponto, seria ótimo, mas a situação segue a ladeira, já que, em um ano, algumas prefeituras não contrataram professores temporários, não pagaram transporte para os alunos, somente para eventos políticos, não retornaram às aulas presenciais, nem se organizaram para isso, e não distribuíram nem metade da merenda escolar que deveriam fornecer aos estudantes. Ainda há o caso de prestadores de serviço da Educação que são exonerados e perdem seus empregos no final do ano, a época do natal, tempo propício para celebrar o amor e a fraternidade, e não para desempregar pessoas.
É terrível a situação de municípios que contam com gestores que muito falam e pouco praticam. O discurso vazio está entre as piores manifestações políticas. E sobre os professores e o 14º, cabe finalizar: tal pagamento é a valorização da educação e de uma classe surrada pela falta de prestígio. Não é um gasto a mais. É um investimento.
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