O Ministério Público Federal (MPF) entregou à Universidade Regional do Cariri (Urca), na última quarta-feira, 11, o fóssil brasileiro com mais de 100 milhões de anos que foi repatriado após ser retirado clandestinamente do país. A peça histórica é datada do período Cretáceo e estava sendo comercializada de forma ilegal, por meio de um site de leilões, na Itália. A devolução do espécime ao Brasil é resultado de procedimento instaurado pelo MPF em Juazeiro do Norte (CE), em 2020.
A peça agora compõe o acervo do Museu de Fósseis de Santana do Cariri, gerido pela Urca. O peixe fossilizado está avaliado em quase 3 mil euros (R$ 16 mil, aproximadamente) e sua origem é a Chapada do Araripe, no Cariri cearense.
O artefato recuperado pelo MPF pertence ao grupo de formação fóssil Santana, um dos principais sítios paleontológicos do mundo e reconhecidamente uma das jazidas fossilíferas com a maior diversidade de material excepcionalmente preservado. Na peça, por exemplo, é possível notar a riqueza de detalhes de tecido mole e até as escamas do peixe.
Repórter Ceará (Foto: Divulgação/MPF)