Pelas redes sociais, assisto com profundo pesar que alguns promotores e advogados insistem em fazer do Tribunal Popular do Júri um palco circense. Principalmente, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Gritos, insultos e ameaças não irão nunca conseguir vencer a inteligência e a melhor tese a ser apresentada para o corpo de jurados, nessa importante instituição milenar, onde cidadãos julgam os seus semelhantes acusados de crimes dolosos contra a vida.
Em mais de três décadas de participação no Tribunal do Júri, sempre tenho pautado minhas defesas com linguagens forenses, respeitosas, com ética e sem querer macular o processo.
A vaidade de alguns, principalmente em tempos de redes sociais, está tão excessiva, que até os mais cautelosos operadores do direito estão se superando com tantas inconsequências.
Lembro do decano Dr. Rossini Farias, quando ousou perguntar a um colega advogado, por que ele era tão vaidoso e só tinha prejuízo por esse comportamento.
– “Eu nasci assim; não vou mudar mais”.
E assim se foi.
Foto: Arquivo pessoal
