O dia 13 de junho tem grande importância para os quixeramobinenses e até se tornou nome de uma rua na área central da cidade. Atrelados a essa data estão dois importantes fatos: um político administrativo e outro de natureza religiosa, ambos intrinsecamente relacionados ao surgimento dessa divisão administrativa do Estado do Ceará.
Quando os colonizadores reconheceram que o criatório bovino deveria acontecer afastado dos lucrativos engenhos de cana de açúcar da Zona da Mata, se inicia a interiorização dos rebanhos para o agreste e o semiárido. Nesse processo o português Antônio Dias Ferreira instala a Fazenda Santo Antônio do Boqueirão e, além de currais, foi edificada uma capela em louvor ao santo que dava nome à Fazenda e ao seu proprietário, fervoroso devoto daquele Santo. Assim, o Santo nascido em Lisboa e falecido na cidade de Pádua (Itália) em 13 de junho de 1231, ganha devotos em toda aquela povoação sertaneja. O crescimento produtivo atrai novos moradores que dão origem à Vila Nova de Campo Maior e a Corte portuguesa instala o Município na data de 13 de junho de 1789. Posteriormente a Vila é elevada à categoria de cidade na data de 14 de agosto de 1856, pois àquela época os status administrativos eram promulgados separadamente.
O fortalecimento da devoção a Santo Antônio de Pádua engrandeceu os festejos em seu louvor, os quais se iniciam com o mês de junho e seguem até a data máxima que é o dia 13 de junho. Apesar da importância do ato institucional da criação do Município, foi adotado como data do Município o 14 de agosto, data referente apenas à cidade. O Catolicismo foi fator fundamental na origem de Quixeramobim.
Da capelinha edificada na Fazenda surgiu a Paróquia de Santo Antônio de Pádua, criada em 15 de novembro de 1755. Portanto, a Paróquia é anterior ao Município.
Foto: Consuelo Lima
