A quem interessa o desenrolar de picuinhas regionalizadas?
Que tipo de desfecho podemos esperar de um movimento levantado pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Este líder político, com histórico desenvolvimentista atento às necessidades localizadas em seu estado e ainda as ligações técnicas inevitáveis entre os poderes, partiu para uma ofensiva que não condiz com a sua história como homem público vocacionado.
Zema simplesmente inverteu o processo e levantou um discurso pequeno, desagradável e extremamente infeliz para a condução salutar dos mecanismos sistemáticos que movem um país com dimensões continentais.
Ao tentar criar um discurso regionalistas impõe um conceito de disputa entre regiões, enfurece lados, desgasta a relação entre os poderes que definem políticas públicas, elementos de gestão capazes de modificar espaços e dinamizar as ideias viáveis.
O Brasil precisa realmente ser reinventado de dentro pra fora, pautado em suas peculiaridades regionais. Esse é o debate democrático que deve ser desenvolvido por um processo político sério, inteligente e organizado.
As picuinhas intolerantes não soma em nada, pelo contrário diminui possibilidades eficazes.
Fábio Tajra
Jornalista e pesquisador em Políticas Públicas