Saímos há pouco das eleições presidenciais e, diga-se, uma das mais disputadas e tumultuadas na federação, onde até os dias atuais ainda tem uns poucos menos avisados que estão passeando em portas dos quartéis em pleno estado democrático de direito, mas defendendo ruptura institucional.
Seria cômico por demais, se não fosse verdade!
Nada em excesso vale a pena e, embora tenha quem defenda agitação todos os dias e em todas as horas, é bíblico que há tempo pra tudo debaixo do sol, até mesmo com a presença de pedras de gelo pra aliviar o calor.
O cidadão Vicente das Lavras, presidente quase que vitalício do Pau de Jacu – instituição não governamental fincada no centro comercial de Icó -, afirma que gosta tanto de eleição “que elas deveriam ocorrer todo ano”.
Pois bem. Existe algo além do frenesi eleitoral, das pelejas dos palanques, do vai e vem dos cabos eleitorais nas residências dos eleitores, exercendo o dito e feito e/ou em redundância com bom dia a todos, todas e todes com efeito prático algum.
Porém, alguns prefeitos continuem construindo; outros no exercício desde 2017 não realizaram nada ainda; governos que entram, grande parte deles, tem o dever até mesmo da instalação de “pontes” para interligar o povo em congraçamento de unir às famílias e convercer as pessoas de suas propostas agora no caminho certeiro.
Por hora, desarmam-se as barracas, guardam-se as panelas de caldo, escondem as garrafas de aguardentes, desligam-se os microfones, deixa a banda passar sem música e em silêncio, onde o correto é todo mundo buscar de volta o seu cotidiano normal, onde o trabalho, a serenidade e, principalmente, o juízo, retorne à sua cabeça tão confusa pela onda bolsonarista.
O momento é de jogar água na poeira, alargar os caminhos, buscar soluções. Não se concebe uma eleição dentro da outra, como desejam alguns.
Por outro lado, os matutinos impressos e on-lines, precocemente, anunciam pretensos candidatos à prefeitura de Fortaleza, mesmo não tendo no momento eleição alguma, o mesmo ocorre nos sertões do Ceará.
Vamos esperar às águas de março, quiçá até de abril.
Nessa discussão toda sobra tempo também para o humor. Titela, humorista maravilhoso do Ceará, disse que a Luizianne afirmou: “espero que o Evandro Leitão venha para o PT, mas não pense em candidatura à prefeitura de Fortaleza”.
E com muita genialidade, ele mesmo responde: “vem não, Luizianne. Acho que ele será apenas o auxiliar de serviços do comitê”.
Enquanto isso, vou parando por aqui antes que acusem o Guardião do Largo do Théberge de ter amanhecido louco demais, pois no momento já que sou afeito ao bom humor, tenho relevante autoestima e não desejo ser profeta do apocalipse, vez que o verbo acreditar ainda anima alma e espíritos.