O ditado popular nascido em Portugal no ano de 1323, é para registrar que uma situação é irreversível.
Pois bem. Os jornais e portais trazem em suas manchetes principais desta segunda-feira, 11, queixumes públicos do senador Cid Gomes em seu novo partido, o PSB, e que ele deseja o compartilhamento de poder e forças, no Ceará e à Prefeitura de Fortaleza.
Segundo Cid Gomes, o PSB e as frentes progressistas devem seguir aliadas no Ceará, porém, o PT deve ceder aos companheiros alguns postos, dentre eles a indicação à cadeira 01 do Palácio do Bispo.
Cid, após o grande mergulho nas eleições de 2020 e o seu autoexílio, deixou dores estomacais em muita gente, desavença familiar com o irmão, Ciro Gomes, e órfãos os seus fiéis seguidores.
Do ditado à máxima popular, tem uma passagem que afirma por analogia à política, “que time que não participa do campeonato corre o perigo de perder a torcida”.
Cid errou feio quando resolveu subir à Serra da Meruoca, desligar os seus telefones e, em seu refúgio, negar receber aliados que, aflitos, desejavam, com ele, aconselhar-se.
O técnico abraça o time na alegria e na tristeza. Na derrota e na vitória. Dunga, o jogador que virou técnico, sumiu do Estádio sem acudir a Seleção, após sua fragorosa derrota na Copa do Mundo. Perdeu duas vezes, a época.
Mas Cid não é Dunga, cremos. Se o autoexilio se deu para evitar um cisão familiar, o resultado foi mais plural e negativo do que se imaginava.
Manso, experiente, elegante no trato pessoal, caberá ao menino de Sobral que cresceu muito, até em sua estatura, avançar com novas estratégias, buscando mais os aliados, reconhecendo os erros que tanto cobrou do PT, para inaugurar novos caminhos, sejam de terra ou de asfalto, de sandálias ou de pés no chão.
Afinal, os erros surgem para lapidar todos os comportamentos.
E Cid Gomes certamente sabe que o impossível não existe.