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Brazão e o Centrão

Marielle ainda vai seguir sem direito ao seu repouso definitivo na Pátria Celestial, já que eles não respeitaram o seu direito inalienável de viver

Foto: Michel Jesus/Agência Câmara Notícias

Como advogado por formação e convicção sou um libertário, vez que defendo sempre como exceção ordens de prisões.

Porém, no caso concreto, que envolve o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, o Brasil praticamente parou de tanta expectativa, ansiedade, acusações diversas, fraude processual, enfim, para um desfecho final.

As investigações do assassinato da vereadora que ganhou repercussão nacional e internacional em todo o seu desenvolvimento, infelizmente saiu das tintas policiais para o campo político, ideológico, e partidário.

Esquerda e direita se acusavam com toda a veemência possível do Iapoque ao Chuí. Das Câmaras de Vereadores ao Congresso Nacional todos eram suspeitos, principalmente os mais famosos moradores da Barra da Tijuca.

Após todo esse quiproquó de quem matou Marielle, a polícia conseguiu prender os executores; um ex-policial, conhecido do escritório do crime do Rio de Janeiro, Ronne Lessa, e um comparsa.

Lessa, preso há bom tempo, confessou em colaboração premiada os nomes dos mandantes, além de assumir que foi o homem responsável pelos tiros na parlamentar. Os irmãos Domingos Brazão (Conselheiro do Tribunal de Contas) e o Deputado Federal Chiquinho Brazão seriam os arquitetos do crime da vereadora e do seu motorista.

Presos, os irmãos protestam por suas inocências, em que pesem provas robustas de um terrível cenário de horrores que passeia da milícia, interesses eleitorais, e envolve a disputa em torno da regularização de territórios no Rio de Janeiro.

Porém, o que mais chamou a atenção do Brasil foi o Centrão, que é um conjunto de partidos políticos onde os seus Deputados são de ultradireita e conservadores, fazendo um levante na Comissão de Constituição e Justiça e, igualmente, votar a favor da revogação da prisão preventiva do Deputado Chiquinho Brazão.

No mais, lideraram esse grito de liberdade para o deputado Chiquinho Brazão, os também deputados federais Eduardo Bolsonaro e Carlos Jordy, logo eles que ao lado do seus pares conservadores e da bancada da família, pátria e bíblia, afirmavam que direitos humanos é tão somente para humanos direitos e, pasmem, bandido bom é bandido morto.

Marielle ainda vai seguir sem direito ao seu repouso definitivo na Pátria Celestial, já que eles não respeitaram o seu direito inalienável de viver.

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