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O que o show da Madonna tem a ver com a catástrofe do Rio Grande do Sul?

É importante reconhecer que estamos testemunhando uma nova realidade moldada pelas mudanças climáticas

Foto: Matheus Piccini/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Nos anos 80, Madonna emergiu como um símbolo transgressor, desafiando convenções e moldando a cultura popular com sua música e atitude. Incomodou naquela época, incomoda hoje e continuará incomodando enquanto estiver nos palcos. Dito isso, qual a relação do recente show da icônica artista e a tragédia que inunda o Rio Grande do Sul?

É importante reconhecer que estamos testemunhando uma nova realidade moldada pelas mudanças climáticas. A devastação no sul do Brasil não é uma exceção, mas um indício de um futuro que se desenrola diante de nós. Depender de infraestruturas e políticas concebidas para um clima que não existe mais é uma falácia que nos confronta com as consequências de nossas ações e das pessoas que continuamos escolhendo como nossos representantes.

Embora seja inspirador ver a mobilização das pessoas para ajudar as famílias afetadas pela catástrofe no Rio Grande do Sul, devemos questionar se essa resposta é suficiente para lidar com os desafios iminentes. O cancelamento do show de Madonna alteraria o curso dos eventos no sul do Brasil? Os recursos destinados à assistência foram comprometidos pelo espetáculo? Houve, durante a apresentação, algum respaldo ao negacionismo climático?

Precisamos destinar nossa atenção ao que realmente importa: um novo olhar para as consequências das mudanças climáticas e quais as pessoas comprometidas com políticas públicas eficazes para solucionar ou reduzir esses problemas. Nossa análise não deve se deter na superficialidade do cancelamento de um evento, mas, sim, na redução ou eliminação do uso de combustíveis fósseis, por exemplo, uma medida urgente para evitar outras possíveis catástrofes.

Como cantou Madonna, “you only see what your eyes want to see” (você só vê o que os seus olhos querem ver). O exemplo do Rio Grande do Sul, infelizmente, é um lembrete de que a ação climática não é uma opção, mas uma necessidade. Está mais do que na hora de olharmos para o futuro do nosso planeta com a seriedade e o comprometimento que ele merece.

Doe para o Rio Grande do Sul.

Pontos de coleta em Fortaleza:
– Rua Sousa Girão, 260, – José Bonifácio (sede Projeto Valentes de Davi)
– Rodovia Quarto Anel Viário, Km 42 (DJ Transportes)
– Av. Carneiro de Mendonça, 2020 – Jóquei Clube (Açaí Pede Castanhas)
Contato: (85) 99979-7740 (Silvana)

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