Home Fabrício Moreira da Costa Estamos em ano de eleição?

Estamos em ano de eleição?

Cobramos ações, obras e projetos todos os dias. Os mesmos que cobram, principalmente aos que exercem cargos no poder executivo, reclamam quando a promessa vira prática daquilo que foi reivindicado em seu próprio benefício

Foto: Tiago Ghizoni/NSC Total

O título em epígrafe vai passear neste texto sem preocupação com formalismos, já que o eleitor é quem me fez suscitar o debate.

Quando elegemos um presidente da República, prefeito, governador, vereador, deputado ou senador, o fazemos nas urnas para que trabalhem por todo o mandato eletivo.

Cobramos ações, obras e projetos todos os dias. A crítica é um instrumento mais fácil de ser feito, pois um número considerável prefere não elogiar ninguém. Segundo eles, o eleito tem que cumprir o seu papel por obrigação.

Mas existem comportamentos estranhos nesse cenário. Os mesmos que cobram, principalmente aos que exercem cargos no poder executivo, reclamam quando a promessa vira prática daquilo que foi reivindicado em seu próprio benefício.

Nesse contexto, um prefeito, por exemplo, só pode trabalhar no primeiro e no terceiro ano de seu quadriênio. Explico: no segundo ano do mandato, há eleições proporcionais para deputados, governadores, etc. No último ano do quadriênio, há a peleja eleitoral da reeleição ou de seu indicado à sucessão.

Daí, a cada dois anos, o eleitor que cobra é o mesmo que grita: “só está trabalhando porque é ano de eleição, ou seja, de política.”

Por outro lado, acontece a mesma coisa com o mandato de um vereador. Existe a grita de que trabalha pouco, acusação injusta por sinal, e quando este aparece em sua residência ou apresenta qualquer ação, alguém do outro lado da rua lembra: “nunca mais apareceu, né? Só porque é ano de eleição.”

Pelo visto, e por essa burrice natural tal qual Carla Zambelli, como bem definiu nossa Ministra Cármen Lúcia, o mandato, doravante, no tocante ao trabalho, será tão somente de dois anos. Os dois têm eleição e o eleitor deseja que pare tudo.

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