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“Esquerda precisa mudar o discurso e propor ação muito dura contra o crime”, diz Elmano de Freitas

O gestor defendeu que é preciso enfrentar a sensação de insegurança e apontou que uma das formas de combater isso é com uma "presença mais forte da polícia na rua"

Foto: Hiane Braun/Governo do Ceará

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), declarou que é preciso defender, claramente, que as organizações criminosas são inimigas do povo e que querem abalar as instituições. Segundo ele, “a esquerda precisa mudar o discurso e propor ação muito dura contra o crime”. As declarações foram dadas em entrevista ao O GLOBO.

De acordo com Elmano, a diferença entre a esquerda e a extrema-direita no combate à criminalidade é que a extrema-direita defende “uma política de segurança sem lei, em que pode tudo: torturar, matar, descer a um nível que o Estado civilizado não pode permitir”. No entanto, para ele, “a esquerda tem que atualizar o discurso e propor uma ação muito dura contra o crime”.

“É defender claramente que as organizações criminosas são inimigas do povo no seu dia a dia, e que querem abalar nossas instituições. Precisamos de um projeto com oportunidades para a população, mas, se a pessoa resolver ir para o mundo do crime, vamos tratá-la como inimiga do povo e da democracia”, afirmou.

Para Elmano, a esquerda enfatizou, “por muito tempo”, que as causas da violência nos centros urbanos são “a injustiça social, a desigualdade e a pobreza”. “Ainda acredito nisso. Só que não é a única causa. Se olharmos a nossa experiência no primeiro e segundo governos do presidente Lula, a vida do povo brasileiro melhorou muito, e nesse período a violência também aumentou. A vasta maioria de homicídios é por disputa de território de organizações criminosas”.

O gestor defendeu que é preciso enfrentar a sensação de insegurança e apontou que uma das formas de combater isso é com uma “presença mais forte da polícia na rua”. Elmano defendeu que Roberto Sá, novo secretário da Segurança Pública do Ceará, recém-empossado, possui experiência nesse sentido.

“Precisamos de uma presença mais forte de polícia na rua para enfrentar a sensação de insegurança, e o Roberto tem essa experiência. Ele é também delegado da Polícia Federal, e sua escolha passou por uma conversa minha com o diretor-geral Andrei (Rodrigues, da PF), dentro dessa ideia de integração. No Rio, quando ele foi secretário, havia calamidade financeira, salários não pagos, falta de viatura. O Ceará tem uma realidade diferente hoje, com investimento em tecnologia e contratação de profissionais de segurança”, destacou.

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