Home 1 Minuto com Sérgio Machado Os desafios da saúde mental em Fortaleza: nova realidade, mesmos problemas

Os desafios da saúde mental em Fortaleza: nova realidade, mesmos problemas

Embora os hospitais psiquiátricos tenham sido desativados com a justificativa de não serem mais a solução ideal para os problemas de saúde mental, a realidade dos CAPS revela uma sobrecarga e insuficiências que comprometem esse modelo de atendimento

Foto: Marcos Moura

“Fortaleza tem 13 Caps infantis a menos do que o ideal e fila pode passar de 6 meses, alerta Cedeca”, “Fortaleza tem redução de R$ 607 mil no orçamento para manutenção da Rede Psicossocial em 2022”, “Caps de Fortaleza não suprem demanda, denunciam profissionais e pacientes”. Essas chamadas são de matérias de 2024, 2022 e 2021, respectivamente, de jornais de Fortaleza. Passam os anos, mas os problemas na saúde mental permanecem.

A situação da saúde mental em Fortaleza e na Região Metropolitana foi tema da coluna de Fernando Maia no jornal O Estado. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que assumiram a responsabilidade pelo tratamento de milhares de pessoas com transtornos mentais após a desativação dos hospitais psiquiátricos, enfrentam uma batalha diária para oferecer um atendimento adequado, antes mesmo dessa nova realidade.

Embora os hospitais psiquiátricos tenham sido desativados com a justificativa de não serem mais a solução ideal para os problemas de saúde mental, a realidade dos CAPS revela uma sobrecarga e insuficiências que comprometem esse modelo de atendimento. Isso indica não apenas uma falha na oferta de serviços, mas também o impacto negativo na vida de tantas pessoas que precisam de um atendimento rápido e eficiente. A demora no acesso aos serviços pode agravar os transtornos mentais, dificultando ainda mais o tratamento.

Além da insuficiência de unidades, a redução de recursos financeiros também agrava a situação, limitando a capacidade dos CAPS de contratar profissionais, adquirir equipamentos e realizar atividades terapêuticas, essenciais para um atendimento integral e humanizado. A precariedade dos recursos resulta em um serviço sobrecarregado e muitas vezes incapaz de atender à demanda, que só aumenta.

Já passou da hora da saúde mental ser tratada com a seriedade e a urgência que merece, garantindo acesso a um atendimento digno a quem precisa. Só é possível proporcionar inclusão e bem-estar quando a população tem acesso a direitos básicos, como a saúde.

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