O Ceará chegou a 122 casos confirmados de febre oropouche. A informação foi divulgada pela Secretaria da Saúde do Ceará através de boletim epidemiológico. Todos os casos são de seis municípios da região do Maciço de Baturité.
Conforme a Sesa, o evento é ‘atípico’, pois a doença não é considerada endêmica no Estado.
Os municípios com casos, atualmente, são, Aratuba (32), Pacoti (29), Mulungu (26), Capistrano (12), Redenção (20) e Palmácia (03).
A maioria dos pacientes residem ou frequentam a zona rural de seus municípios. Três infectadas são gestantes. Não houve registro de agravamento do quadro clínico de nenhum dos casos, ou seja, não foram registradas mortes.
A concentração de casos tem relação com as características de reprodução do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim, polvinha ou mosquito-pólvora, entre outras denominações, que prefere áreas com maior umidade do ar, vale ou áreas baixas de encostas com água corrente e solos deposição de matéria orgânica.
A febre oropouche é de uma doença viral, no entanto, não há registros de transmissão direta entre pessoas. Somente do mosquito para seres humanos.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses, como a dengue, o que ressalta a importância de um diagnóstico diferencial por meios laboratoriais. A detecção da doença é feita por um teste, que utiliza biologia molecular e busca o material genético do vírus.
Apesar dos casos confirmados, a Secretaria da Saúde do Ceará informa que até o momento não há indicação de uma ameaça iminente à saúde pública, já que a maioria dos casos cursa com sintomas leves e autolimitados.