O primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de Fortaleza, transmitido pela Band TV, foi marcado por acusações, má gestão do tempo de fala e um esvaziamento de propostas concretas, o que pode ter deixado os eleitores com mais dúvidas do que clareza sobre as intenções de cada candidato.
O debate contou com a presença de André Fernandes (PL), Capitão Wagner (União Brasil), Eduardo Girão (Novo), Evandro Leitão (PT), George Lima (Solidariedade), José Sarto (PDT) e Técio Nunes (Psol) e trouxe à tona um cenário de embates verbais que refletiu a polarização política no estado e a fuga ou superficialidade em responder perguntas básicas da população sobre pessoas em situação de rua, por exemplo.
Evandro Leitão (PT) e José Sarto (PDT) protagonizaram alguns dos momentos mais tensos, com trocas diretas de acusações sobre questões nacionais e regionais, como a influência de figuras como Lula e Ciro Gomes nas campanhas locais. Essa dinâmica acabou por ofuscar discussões mais profundas sobre políticas públicas essenciais para Fortaleza, como saúde, mobilidade e segurança.
Capitão Wagner (União Brasil), apontado como um dos favoritos, tentou se posicionar como uma alternativa a esses dois polos, mas também não escapou das críticas, especialmente de Técio Nunes (Psol), que o acusou de usar pautas populistas para angariar votos.
O debate deixou evidente que, apesar de ser uma oportunidade para os candidatos apresentarem suas propostas e se conectarem com os eleitores, alguns preferiram seguir o caminho dos ataques pessoais e das respostas evasivas, o que pode ter prejudicado a percepção de seus compromissos reais com a cidade.
Além disso, de acordo com a recente pesquisa da Atlas, Fortaleza tem empate técnico entre André Fernandes (22,8%), Evandro Leitão (22,5%) e José Sarto (22,4%). Sinal de que, fora os debates, muita água ainda vai rolar.
