Nos últimos 12 anos, Quixadá, uma das principais cidades do Sertão Central cearense, tem vivenciado uma dinâmica política marcada por mudanças constantes no comando da Prefeitura. Desde 2012, nenhum prefeito conseguiu ser reeleito, quebrando a tendência comum em muitas cidades brasileiras onde a continuidade administrativa costuma ser garantida por reeleições.
A última vez que Quixadá reelegeu um prefeito foi em 2004, com Ilário Marques, do Partido dos Trabalhadores (PT). No entanto, desde então, o cenário político local tem sido de renovação a cada ciclo eleitoral. Em 2012, o próprio Ilário foi derrotado, e o poder passou para João da Sapataria, do extinto PRB – hoje, Republicanos -, que governou até 2016. Na eleição seguinte, em 2016, Ilário voltou ao cargo, mas também não conseguiu se manter na gestão, sendo derrotado em 2020 por Ricardo Silveira (PSD), atual prefeito.
Essa ausência de reeleições consecutivas desperta curiosidade sobre as causas dessa alternância.
As gestões de Quixadá enfrentam desafios históricos que têm pesado nas avaliações dos eleitores. Infraestrutura, saúde, educação e segurança continuam sendo demandas prioritárias da população.
Neste ano, o atual prefeito, Ricardo Silveira, tenta a reeleição. Ele disputa contra Victor Marques (PT), filho de Ilário. A pergunta que fica é: será que, após 12 anos, Quixadá finalmente voltará a dar continuidade a uma gestão ou manterá a tradição recente de mudanças políticas?