As pesquisas eleitorais desempenham um papel importante na formação da opinião pública e na decisão do voto dos eleitores, especialmente em momentos críticos de uma campanha. Essas sondagens se tornaram um termômetro para medir a popularidade dos candidatos e as tendências do eleitorado. Para os cidadãos, acompanhar os resultados das pesquisas pode ser uma forma de entender o cenário político e ajustar suas escolhas, baseando-se no comportamento coletivo ou decidindo pelo chamado “voto útil”.
No entanto, é fundamental que os eleitores estejam atentos à credibilidade e à procedência das pesquisas divulgadas. Nem todas refletem a realidade de forma precisa. É necessário verificar se elas foram realizadas por institutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e se seguem as metodologias corretas. Pesquisas fraudulentas ou manipuladas, proibidas pela Lei 9.504/97, podem distorcer a percepção do eleitorado, influenciando de maneira equivocada o processo democrático.
Além das pesquisas tradicionais, as redes sociais têm se tornado um palco para a disseminação de enquetes e sondagens informais sobre as intenções de voto da sua bolha. Embora pareçam inofensivas, elas não têm qualquer rigor metodológico e podem induzir os eleitores ao erro. A legislação eleitoral não proíbe a realização dessas enquetes durante o período de campanha, desde que não sejam apresentadas como pesquisa eleitoral. E é essa brecha que os mal-intencionados aproveitam para deturpar informações ao seu favor.
Já é complicado analisar propostas (muitas vezes vazias e sem sentido) e decidir o voto, imagina em meio a tanta desinformação. Com tudo isso, mais duas tarefas para o cidadão: 1) acompanhar de forma crítica as pesquisas eleitorais; e 2) denunciar qualquer irregularidade que possa afetar a integridade do processo eleitoral. Somente com informação de qualidade e comprometimento com a verdade é possível assegurar uma escolha consciente e democrática nas urnas.