Os jogos de apostas chegaram às salas de aula. O “jogo do tigrinho” e as plataformas de bets, proibidos para menores de idade, são uma realidade que coloca em risco o ambiente escolar e o futuro de muitos jovens, especialmente os de classes menos favorecidas.
O sonho de ganhar dinheiro fácil, amplamente divulgado nas redes sociais por influenciadores, tem sido um atrativo perigoso para esses alunos. Para piorar, o incentivo muitas vezes vem de dentro de casa, onde cuidadores endividados buscam nos jogos uma saída para as dificuldades financeiras.
A fragilidade econômica das famílias e os baixos salários oferecidos pelo mercado contribuem para que o apelo dos jogos de apostas se intensifique entre os jovens.
Em muitos casos, esse sonho vira pesadelo, com a perda de dinheiro e o aumento das dívidas. Com certeza, você conhece ou já ouviu falar em uma história assim. O ciclo vicioso afeta tanto o rendimento escolar quanto a estabilidade emocional desses jovens, afetando sua evolução na escola.
Educadores e órgãos de educação no Ceará têm discutido medidas para conter o avanço dessas práticas nas escolas, como a proibição do uso de equipamentos eletrônicos. É importante que o poder público, as escolas e as famílias trabalhem juntos para criar alternativas que proporcionem melhores perspectivas de futuro para esses jovens.
O Diário do Nordeste divulgou um grupo de apoio, o “Jogadores Anônimos” (JA), para acolher quem precisa de ajuda. O grupo tem encontros presenciais e virtuais e você pode entrar em contato no WhatsApp: (85) 98929-5529.