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Déficit da Previdência Social do Brasil atinge R$ 198,2 bilhões no primeiro semestre de 2024

O resultado negativo registrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já ultrapassa o saldo do ano anterior, trazendo preocupações para o governo, que busca equilibrar as contas públicas e controlar a expansão dos gastos

Foto: Victor Soares/Sec. da Previdência Social

O déficit do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), sistema que atende trabalhadores, alcançou R$ 198,2 bilhões nos primeiros seis meses de 2024, um aumento de 20% em comparação ao mesmo período de 2023. O dado, divulgado pelo último Boletim Estatístico da Previdência Social (BEPS), coloca em evidência o desafio crescente das contas públicas e reforça a necessidade de revisão nos gastos previdenciários.

Embora a arrecadação tenha apresentado um avanço de 8%, chegando a R$ 299,8 bilhões, o crescimento das despesas foi ainda mais acentuado, com alta de 13%, totalizando R$ 498,1 bilhões. Esse aumento nas despesas previdenciárias evidencia uma tendência de expansão do déficit, agravada pelo envelhecimento da população brasileira e pelo consequente aumento no número de beneficiários do sistema.

O resultado negativo registrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já ultrapassa o saldo do ano anterior, trazendo preocupações para o governo, que busca equilibrar as contas públicas e controlar a expansão dos gastos. Em meio a essa situação, as expectativas de ajustes nas políticas previdenciárias e de contenção de despesas públicas se tornam mais urgentes.

Especialistas apontam que, para enfrentar a situação, será necessário implementar estratégias que reduzam o ritmo de crescimento das despesas. Isso pode envolver ajustes na concessão de benefícios, revisões nas regras de aposentadoria e a busca por outras formas de financiamento do sistema. Esses esforços são ainda mais desafiadores em um contexto de aumento da expectativa de vida e de um mercado de trabalho que enfrenta dificuldades em incorporar os jovens de forma robusta, limitando o crescimento da arrecadação previdenciária.

O cenário previdenciário brasileiro segue como um dos principais fatores de pressão fiscal e, segundo economistas, o impacto desse déficit crescente poderá comprometer a capacidade do governo de investir em outras áreas prioritárias, como educação, saúde e infraestrutura, caso medidas de reequilíbrio fiscal não sejam implementadas com urgência.

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