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Ceará pretende construir cooperação com governo cubano na área de biotecnologia para produção de alimentos

De acordo com o diretor José Maia, alguns dos produtos cubanos possuem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil, e outros ainda serão submetidos ao processo de registro

Foto: Marcel Bezerra

Com o objetivo de construir cooperação com o governo cubano na área da Agricultura e da Pecuária de bases familiares, a missão cearense da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) participou nesta sexta, 8, em Havana, de três reuniões bilaterais.

Pela manhã, a equipe liderada pelo secretário da SDA Moisés Braz esteve com representantes do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB). Em seguida, Moisés e os secretários executivos Irineuda Lopes e Marcos Jacinto foram recebidos pela vice-ministra de Comércio Exterior e Investimento Estrageiro (Mincex), Déborah Rivas Saavedra, no Hotel Nacional. No mesmo local, toda a equipe se reuniu com a direção da Labiofam S.A., entre eles o diretor geral Julio Gomez González.

O CIGB e a Labiofam fazem parte de um complexo de indústrias biotecnológicas e farmacêuticas denominado BioCubaFarma, organização empresarial de pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de medicamentos, sistemas de diagnóstico, equipamentos e serviços de alta tecnologia, baseada no desenvolvimento científico e técnico. O objetivo é a melhoria da saúde das pessoas, geração de bens e serviços exportáveis ​​e tecnologias avançadas na produção de alimentos.

As principais linhas de produção da Labiofam incluem produtos biológicos, farmacológicos e naturais para uso veterinário, produtos naturais para uso humano, bioprodutos para agricultura, biopesticidas para controle de vetores, produtos químicos, alimentos e embalagens. Hoje existem 400 produtos em carteira e 23 empresas da Labiofam no país.

Já a CIGB é uma empresa distinta da biotecnologia cubana, que pesquisa, desenvolve, produz e comercializa novas aplicações biotecnológicas e produtos biofarmacêuticos preventivos, terapêuticos e de diagnóstico, para os setores biomédico, agropecuário e industrial.

O diretor administrativo-financeiro José Maia e o assessor técnico Fuad Nogueira participaram das reuniões representando a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce). Foram apresentados produtos como medicamentos, vacinas e bioinsumos. “Os bioinsumos são produto, processo ou a tecnologia de origem vegetal, animal ou microbiana, destinado ao uso na produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agropecuários. No encontro, o grupo empresarial apresentou um bioacaracida para rebanhos bovinos, imunizantes para suínos e bioestimulantes/bioindutores para incremento na produtividade e indução floral em diversas culturas agrícolas”, relatou Fuad Nogueira.

De acordo com o diretor José Maia, alguns dos produtos cubanos possuem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil, e outros ainda serão submetidos ao processo de registro. “Ficamos bastante impressionados com as tecnologias que nos foram apresentadas. Elas são uma grande oportunidade e inovação de democratização do acesso a bioinsumos para a agricultura de base familiar, bem como tornar a agricultura e pecuária cearense mais biológica e mais sustentável”, avalia.

Para Nogueira, “temos o desafio de conseguir produtos inovadores e de alto valor agregado que gerem um impacto positivo na saúde humana, animal e vegetal, bem como na produção industrial, em harmonia com o meio ambiente, para contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Ceará e de Cuba”.

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