O Diretório do PT em Choró decidiu unanimemente, nesse domingo, 24, expulsar o prefeito Marcondes Jucá, preso e afastado em operação do Ministério Público na última semana, do seu quadro de filiados. O procedimento foi enviado em ofício ao Cartório Eleitoral da 6ª Zona Eleitoral de Quixadá. A informação é do Ponto Poder.
Com a lacuna deixada por Marcondes na gestão, o vice-prefeito Elcimar Ribeiro foi empossado prefeito interino nessa segunda-feira, 25. O órgão estadual do PT, comandado por Antônio Filho, o Conin, havia suspendido o gestor no dia anterior, em reunião de alinhamento da base e de balanço das eleições municipais. O dirigente afirmou que o prefeito afastado já não tinha mais “vida partidária” no PT.
Bebeto Queiroz (PSB) foi quem saiu vitorioso contra Professor Delmiro (PT) na disputa pela Prefeitura. Bebeto ficou foragido por dois dias após a deflagração da operação ‘Ad Manus’ em Choró, que prendeu Marcondes. No sábado, 23, ele se entregou à polícia.
As diligências são resultados de parceria da Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap) do MPCE com as polícias Civil (PCCE) e Federal (PF). A investigação apura irregularidades em documentos de prestação de serviço de abastecimento de veículos da Prefeitura de Choró.
Sobre a decisão da direção municipal, mais severa que a da estadual nesse fim de semana, Conin diz que “vem na mesma direção” e que não encontrará “nenhuma objeção” da instância que lidera no partido.
No documento enviado ao cartório eleitoral e assinado pelo presidente do PT Choró, Antônio Claubecy do Nascimento Gomes, a legenda justifica que Marcondes Jucá teria dado entrada no pedido de filiação junto ao sistema de filiação do TSE “por vias desconhecidas do diretório” local. O prefeito teria se filiado pelo diretório estadual, prerrogativa de gestores municipais, em janeiro de 2022, após deixar o PL.
Além disso, ele não teria buscado “relações saudáveis” com a sigla, tendo adotado “discursos infundados” sobre correligionários em diversas entrevistas a veículos locais, “dificultando qualquer aproximação entre as partes”.
Por fim, cita a operação do Ministério Público por suspeitas de irregularidades que o diretório repudia “veementemente”.