O lixo está nas calçadas, nas praças, nas ruas, nos canteiros centrais, nas ciclofaixas, em terrenos baldios, próximo a espaços culturais. A se perder de vista. Fortaleza enfrenta um problema crônico que afeta diretamente a qualidade de vida dos seus moradores: o acúmulo de lixo. Não é novidade, mas as críticas se intensificam ainda mais depois da cobrança da taxa do lixo, tão debatida durante as eleições.
Atualmente, a capital cearense conta com cerca de 1.200 pontos de descarte irregular de resíduos, que causam incômodos, como odor insuportável, além de riscos à saúde pública e obstrução de praças e calçadas, comprometendo a mobilidade urbana. A implementação da taxa do lixo deveria trazer melhorias na gestão desses resíduos sólidos, mas, ao que parece, ainda não apresenta um retorno efetivo.
O que se observa é uma cidade cada vez mais sufocada por uma gestão que, até agora, não conseguiu resolver questões básicas.
Esse descaso é agravado pelo fato de que o Plano Diretor Participativo de Fortaleza (PDPFor) não é revisado desde 2019. Esse documento, que deveria guiar políticas públicas estratégicas, incluindo o saneamento ambiental, permanece desatualizado, deixando a população sem um norte para soluções estruturais.
Qual está sendo o destino das receitas geradas pela taxa do lixo? O que de fato ela tem trazido de positivo para a população? A falta de transparência e de resultados na aplicação desses recursos reforça a desconfiança do povo em relação às políticas públicas. Até quando, Fortaleza?