O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com uma ação na Justiça Eleitoral pedindo a cassação dos registros de candidaturas do prefeito reeleito de Barroquinha, Jaime Veras (PSD), e de sua vice, Carmem Lúcia (PSD), por abuso de poder político e econômico na eleição de 2024.
De acordo com o promotor de Justiça Eleitoral da 108ª Zona Eleitoral do Ceará, Tiago Santos Duarte, os dois teriam utilizado a máquina pública para favorecimento eleitoral, alterando cores de prédio públicos da cidade para a cor azul utilizada na campanha e distribuindo bens à população de forma indevida.
Conforme o pedido de cassação, o Hospital Municipal e os postos de saúde da cidade estavam pintados nas cores verde e amarelo e passaram por nova pintura, mudando para a cor azul.
A defesa da campanha destacou que as cores utilizadas nos prédios fazem referência à identidade visual e administrativa de Barroquinha, com tons que da bandeira local: azul, verde a amarelo.
Em relação à distribuição de bens, a peça do MPE cita a distribuição de presentes de “alto valor” no Dia das Mães, como geladeira, fogão, televisão, entre outros. Sobre isso, a defesa destacou que os bens são frutos de doação privadas, sem utilização de recurso público.
Os atos, de acordo com o MPE, podem ter provocado um “desequilíbrio” na eleição, que foi definida por apenas 66 votos.