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Saúde do Ceará confirma morte de criança por ameba “comedora de cérebro” em Caucaia

O caso é considerado super-raro, já que o único óbito confirmado pela doença gerada pela ameba no Brasil foi registrado em 1975, em São Paulo

Foto: Arquivo pessoal

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) confirmou, nessa terça-feira, 10, que a morte de uma criança de 1 ano e 7 meses, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi causada por meningoencefalite amebiana pela ameba Naegleria fowleri, conhecida como ameba “comedora de cérebro”.

De acordo com a Sesa, foram enviadas amostras do encéfalo para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, que confirmou a presença da ameba. Ainda foi indicada a presença do microrganismo em amostra de água coletada na residência da vítima.

O caso é considerado super-raro, já que o único óbito confirmado pela doença gerada pela ameba no Brasil foi registrado em 1975, em São Paulo.

A suspeita é que a contaminação da criança tenha ocorrido pelo contato de água não tratada com suas narinas durante o banho ou lavagem do rosto. A morte foi registrada em 19 de setembro deste ano, oito dias após o início dos sintomas.

Transmissão

De acordo com a Saúde do Ceará, a infecção por Naegleria fowleri ocorre exclusivamente pelo contato da água contaminada com as narinas, geralmente durante atividades como mergulhos ou submersões em água doce, especialmente, em locais sem tratamento adequado.

Uma vez no nariz, a ameba migra pelo nervo olfatório até o cérebro, onde pode causar uma infecção grave e quase sempre fatal, conhecida como meningoencefalite amebiana primária (MAP). Essa condição destrói o tecido cerebral de forma rápida, resultando em sintomas graves e progressivos.

“É importante ressaltar que a Naegleria fowleri não é transmitida pela ingestão de água contaminada ou pelo contato de água com a pele. A via nasal é a única via conhecida para a infecção. O risco de contrair MAP causada por Naegleria fowleri é extremamente baixo, mesmo em áreas onde a ameba está presente”, disse a Sesa em nota técnica.

Sinais e sintomas

A doença caracteriza-se por edema e destruição do tecido cerebral, que frequentemente leva ao óbito. Geralmente, os sintomas surgem cerca de 5 dias após a exposição. O período de incubação pode variar, entre 1 e 12 dias após o contato.

A maioria dos pacientes falece entre 1 e 18 dias após o início dos sintomas, sendo mais comum o óbito por volta do quinto dia de doença.

  • Os sintomas iniciais são inespecíficos: Dor de cabeça, febre, náusea e vômito.
  • A progressão dos sintomas é rápida: Rigidez nucal, desorientação, convulsões e coma

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