Era regra no meu Ceará que os candidatos aos cargos majoritários — Senador da República e Governador do Estado — fossem lançados ao crivo da população apenas no período e ano da eleição estadual, mais precisamente próximo às convenções.
Mas tudo mudou, inclusive o inverno, que parece que só virá em março. Estamos em fevereiro, e os nossos líderes políticos não esperaram as águas de março do ano vindouro para se lançarem ao pleito que — já que se fala tanto em golpe no nosso país democrático — talvez só aconteça em 2026.
Cid Gomes, nosso Senador, diz que não será mais candidato a nada, pois já contribuiu demais, e lançou o deputado Júnior Mano para lhe suceder. No dia seguinte, porém, avisa que poderá ser candidato a deputado. Nos bastidores, comenta-se que ele tem uma saudade danada de ver o pôr do sol do Palácio da Abolição. O empresário Chiquinho Feitosa, direto da Fazenda Boísa, diz que chegou a sua vez: “Serei Senador! Suplente? Não tem graça alguma”, afirma.
O deputado Eunício Oliveira garante que Lula, Camilo e Elmano estão fechados com ele; e sabe o que diz. O líder José Guimarães, que gentilmente já cedeu seu espaço várias vezes, foi anunciado publicamente como candidato ao Senado pelo ministro Camilo Santana — hoje a maior expressão dentro da base governista — na festa de seu aniversário, que reuniu gente de todo o Ceará.
Mas ainda temos Augusta Brito, senadora em exercício, a deputada Luizianne Lins e nomes de peso como o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, e o deputado Romeu Aldigueri, presidente da Assembleia.
Pois bem, vocês sabem o que é tertius e para que serve? Olhem o significado e vamos esperar 2026, já que temos duas vagas na Câmara Alta e muita gente boa querendo ir para o céu antes de morrer.