Home 1 Minuto com Sérgio Machado O Ceará como peça-chave na disputa presidencial de 2026

O Ceará como peça-chave na disputa presidencial de 2026

A disputa pelo eleitorado conservador nordestino também segue aberta. O estado, antes considerado um território amplamente favorável à esquerda, se tornou uma peça estratégica para os dois lados na corrida presidencial de 2026

Foto: Divulgação

O Ceará, que representa menos de 5% do eleitorado brasileiro, tem ganhado importância nas articulações para a eleição presidencial de 2026. Com o Executivo estadual e a Prefeitura de Fortaleza sob comando do PT, o estado se tornou um dos principais redutos do partido no Nordeste, enquanto a oposição busca espaço em um eleitorado historicamente alinhado à esquerda.

A vitória petista na capital cearense, algo inédito desde 2016, reforça o peso do estado na estratégia nacional da sigla.

No governo federal, o ministro da Educação, Camilo Santana, e o deputado federal José Guimarães têm se consolidado como figuras centrais na interlocução do PT com o Nordeste.

Camilo, ex-governador e peça-chave na articulação política, é um nome sempre cogitado para futuros projetos nacionais, enquanto Guimarães mantém influência no Congresso, sendo um dos principais operadores do governo Lula na Câmara.

O desafio petista será manter essa hegemonia diante do alto índice de reprovação do governo Lula, hoje em 41%, e do avanço de setores oposicionistas. Desde as eleições gerais de 2022, a oposição no Ceará passou por transformações.

O ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), que já esteve na base do governo, aproximou-se do campo bolsonarista. Enquanto novos nomes surgiram na direita cearense, como o deputado federal André Fernandes (PL), que obteve uma votação expressiva como candidato à prefeitura de Fortaleza em 2024.|

O grupo busca consolidar uma alternativa competitiva no estado, apostando na insatisfação de parte do eleitorado e no desgaste de grupos políticos que há anos dominam a cena local.

Já no cenário nacional, o principal desafio da oposição ao PT é a falta de um nome claro para liderar o campo bolsonarista, com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Na formação da chapa, quem vai abrir mão de ser o cabeça?

A disputa pelo eleitorado conservador nordestino também segue aberta. O estado, antes considerado um território amplamente favorável à esquerda, se tornou uma peça estratégica para os dois lados na corrida presidencial de 2026.

Deixe seu comentário:

Please enter your comment!
Please enter your name here