Os casos de violência sofrida por mulheres no Ceará registraram, em 2024, o seu pior período desde 2020, quando foi criada a Rede de Observatórios da Segurança. Os registros são de ameaças, espancamentos, abusos sexuais e feminicídios.
Conforme o relatório “Elas Vivem” da Rede, divulgado nesta quinta-feira, 13, foram registrados 207 casos em 2024. Desses, 45 foram feminicídios. A maior parte das vítimas tinha entre 18 e 39 anos. Do total de casos de violência, 60 ocorreram em Fortaleza.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) contabilizou, em 2024, 41 assassinatos de mulheres em razão de gênero. Ou seja, o número da Rede é maior. De acordo com a organização, é realizado um monitoramento diário a partir do que é veiculado na imprensa. Os dados são coletados e depois revisados.
A pesquisa aponta que 75% dos crimes foram cometidos por pessoas próximas à vítima e que, a cada 24 horas, uma média de 13 mulheres foram vítimas de violência no Ceará.
De acordo com Fernanda Naiara Lobato, pesquisadora da Rede e socióloga, “os números são altos” e representam “que, de fato, vem acontecendo um aumento dos casos”.