Nos últimos anos, tem-se observado um aumento significativo no número de homens jovens e sem filhos que optam pela vasectomia no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de procedimentos cresceu 40% entre 2022 e 2024, passando de 67 mil para 95 mil cirurgias realizadas. Essa tendência reflete mudanças na legislação de planejamento familiar, que agora permite a esterilização voluntária a partir dos 21 anos, independentemente de ter filhos.
Especialistas apontam que os motivos para essa decisão são variados e incluem questões financeiras, filosóficas e de responsabilidade. Muitos jovens afirmam não se sentirem preparados para assumir a paternidade em um cenário de instabilidade econômica e preferem focar em outros aspectos de suas vidas. Além disso, a vasectomia é vista como uma forma de planejamento familiar responsável, evitando gravidezes indesejadas e as consequências que podem surgir.
O procedimento, considerado simples e reversível, também tem atraído adeptos por sua praticidade. Apesar de ser uma cirurgia definitiva, a possibilidade de reconexão dos ductos deferentes ou o congelamento de espermatozoides oferece alternativas para aqueles que eventualmente mudem de ideia no futuro.
A mudança de comportamento reflete uma nova visão sobre a paternidade e o papel do homem no planejamento familiar, destacando a importância de escolhas conscientes e alinhadas às perspectivas individuais.
